João Cunha e Silva realizado com uma “semana em cheio” que pressagia um futuro de esperança para o Oeiras CETO Open

Beatriz Ruivo/Federação Portuguesa de Ténis

OEIRAS — A primeira edição do Oeiras CETO Open enquanto torneio promovido à categoria W100 — a mais proeminente do circuito ITF — conheceu este domingo o seu último ato, numa final sem muita história onde Jana Fett (150.ª) fez frente a Panna Udvardy (151.ª) e às agrestes condições meteorológicas para em pouco mais de uma hora se juntar ao lote de jogadoras a celebrar na terra batida do Clube Escola de Ténis de Oeiras, um dia depois de terem sido as irmãs Francisca Jorge e Matilde Jorge a levarem os maiores troféus de pares.

João Cunha e Silva, antigo 108.º do circuito ATP e esta semana a desempenhar funções de diretor da prova, não escondeu em conferência de imprensa que o sucesso saciou as suas expectativas: “Foi uma semana em cheio, uma semana fantástica de ténis, com o maior e melhor torneio alguma vez organizado aqui no panorama feminino. Deixo uma palavra de elogio à Federação Portuguesa de Ténis, pela fantástica organização que vem demonstrando, é largamente elogiada por todas as jogadoras, e ao CETO, que tem sido a casa deste torneio e que tem respondido da melhor maneira possível a este repto.”

O timoneiro da Cunha e Silva Tennis Academy deixou ainda uma palavra de apreço a Francisca Jorge e Matilde Jorge, a quem lhes agoura um futuro esperançoso, particularmente a competirem lado a lado: “As irmãs Jorge estão neste momento a habituar-nos a exibições regulares de grande nível na modalidade de pares e não só, estão a começar a atingir um nível de resultados que nos deixa a todos adivinhar que começam a jogar Grand Slams, e penso que isso em breve vá acontecer. Deram uma enorme demonstração nestes 15 dias, ganhar uma vez pode ser uma dose de sorte, mas quando se ganha duas semanas seguidas frente a pares tão fortes, isto não é por acaso.”

Mas essa não foi a única satisfação de João Cunha e Silva a retirar deste cômputo. A semana de competição ’em casa’ não só lhe permitiu rever a sua antiga pupila Panna Udvardy (húngara que treinou no CETO por seis meses), como também lhe deu o aval de a apoiar até ao domingo derradeiro: “Nos singulares tivemos como cereja no topo do bolo a Panna Udvardy na final. É uma pessoa que nos diz muito, nós também lhes demos muito. Tivemos uma relação muito próxima com ela e com a família, também já trabalhámos com a Luca, depois de ter ido à final de juniores de Wimbledon. Ficámos muito felizes por ter ido à final, gostaríamos que tivesse ganho, mas a Fett fez uma final magnífica e mereceu inteiramente a vitória.”

Com um saldo muito positivo a retirar daquela que foi a primeira edição enquanto prova W100, o diretor não tem dúvidas de que todos os elementos estão articulados para estender a vida do Oeiras CETO Open no cume do ITF World Tennis Tour: “Ficarei muito feliz se a Federação continuar a confiar em nós e no CETO para continuar esta parceria. Se não houver nada de extraordinário, penso que haverá todas as condições para manter o nível.”

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