OEIRAS — Francisca Jorge e Matilde Jorge fecharam na tarde deste sábado com chave de ouro a incursão pelo quadro de pares do Oeiras CETO Open, para adicionarem ao currículo um dos mais importantes títulos da carreira, apenas uma semana depois de terem feito história com a vitória no WTA 125 Oeiras Ladies Open. Com o sorriso no rosto, a dupla de irmãs vimaranenses pressagiou em conferência de imprensa um futuro risonho a competir lado a lado.
Foi uma vitória inequívoca por 6-2 e 6-0 que as distanciou por larga margem da resistência de Yana Sizikova e Fang-Hsieh Wu e para Francisca Jorge a chave do encontro esteve na consistência apresentada do primeiro ao último ponto: “Estamos muito contentes, jogámos muito bem desde o início e desfrutámos o que estávamos a fazer, à procura de jogar bom ténis. Estava-nos a correr tudo bem e senti que do outro lado não estavam assim tão entrosadas.” A mais jovem corroborou o parecer da irmã, vincando que a serenidade se fez transparecer no desenrolar das operações: “Entrámos muito bem, descontraídas, e fomos para jogar o nosso jogo e isso notou-se.”
Já são dez os triunfos que somam ininterruptamente enquanto parelha e, embora o 16.º título da história entre ambas tenha um sabor especial, não supera a sensação de inaugurar o registo luso em finais WTA: “Acho que na semana passada foi um bocadinho mais especial que esta, porque não deixa de ser um WTA, mas da forma que foi relativizámos o feito e viemos para ganhar outra vez esta semana. Jogámos muito bom ténis nestas semanas e isso refletiu-se no resultado final”, justificou Francisca.
Uma inédita entrada no top 100 já esteve bem mais longe de se concretizar (Francisca é 117.ª e Matilde, 129.ª), e a menos experiente das atletas garante que a camaradagem tem responsabilidade pela ascensão: “Estamos a jogar muito bem juntas, muito conectadas e com ritmo. Temos muitos jogos em cima, bom nível, e neste momento é o melhor ténis que estamos a jogar juntas como par. Para chegar a top 100 temos de jogar torneios maiores, e só contam 12. Mas temos noção que estamos perto do top 100 e queremos lá chegar”
“Somos capazes de o atingir, mas agora passa mais por prioritizar mais os singulares, porque ainda não conseguimos jogar juntas os torneios maiores. É uma questão de tempo”, acrescentou a primogénita.