‘Filha’ do CETO, Udvardy quer expandir até domingo a estadia em território especial: “Sinto-me na minha segunda casa”

Beatriz Ruivo/Federação Portuguesa de Ténis

OEIRAS — Panna Udvardy (151.ª) é ‘filha’ do Clube Escola de Ténis de Oeiras e por meio ano fez de Portugal sua casa. No regresso a um complexo ao qual todos os cantos conhece na perfeição, a húngara de 25 anos não está a ter razões de queixa e é uma das apuradas para o fim de semana das decisões no Oeiras CETO Open, que este ano foi promovido à categoria W100. Em modo de preparação para as primeiras meias-finais alcançadas em solo luso, a motivação é só uma — a de prolongar a estadia até domingo.

Um ‘pneu’ consumado no primeiro ato poderia servir de presságio para um triunfo longe das adversidades, mas Udvardy viu ficar provado que nem sempre tal sucede. E ao cabo de duas horas levou a melhor diante de Camilla Rosatello (311.ª), com 6-0, 3-6 e 6-2: “Foi muito difícil, sabia que ela andava a jogar bem e nunca é fácil jogar contra ela. Tentei manter-me agressiva ao longo dos três sets e consegui fazer o meu jogo até ao fim, mesmo não tendo sido fácil com o vento. Estava 6-0 e 2-0 a meu favor, mas sabia que ela poderia ainda trazer coisas inesperadas, e fê-lo. Jogou muito bem depois disso e tive de progredir no meu nível.”

Em modo de evocação do doce passado que a conectou com o nosso país, atribui ao CETO responsabilidade pelo começo da carreira profissional: “Treinei cá durante seis meses, portanto conheço bem o clube e os courts, estou muito feliz por estar cá. Treinei aqui há uns quatro ou cinco anos, conheço o Filipe [Cunha e Silva] dos juniores e somos muito amigos, treinei com ele e com o João [Cunha e Silva]. Sinto-me como na minha segunda casa, adoro jogar aqui, todos me estão a apoiar e sinto-me muito bem.”

“Estava a fazer a transição dos juniores para profissional. Sempre dei muito valor ao João e ao Filipe como treinadores, sei que têm um grande nome no ténis e sabem muito, têm experiência. Temos uma relação muito boa, e cresci muito quando treinei cá. Espero que possa manter-me cá o máximo de dias que puder”, comentou em conferência de imprensa a semifinalista sem sangue, mas com sentimentos portugueses.

A extensão da estadia em Oeiras até ao derradeiro domingo fica pendente, e para isso vai ter de sorrir diante de Polina Kudermetova (178.ª). Garante que a pressão não existe e que encara cada batalha com a energia renovada:“Não vim com expectativas, só quero aproveitar cada encontro, cada ronda. Claro que o nível é mais difícil, é necessário manter-me focada e tento fazer isso sempre. Espero que chegue a domingo e vou dar o meu melhor” “Conheço-a um pouco, sei que é agressiva e vou tentar adotar um estilo de jogo de terra batida. Ela tem um bom serviço, mas espero que o vento esteja do meu lado.”

Total
0
Shares
Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.

Total
0
Share