Sem “determinação e coragem”, Jaime Faria agarra-se à calculadora à espera de Paris

Sara Falcão/FPT

OEIRAS – Quase, muito perto, faltou um bocadinho. Tudo isto e muito mais aplica-se à primeira meia-final Challenger da carreira de Jaime Faria. O número três nacional liderou com set e 4-1 de vantagem e esteve duas vezes a dois pontos de marcar presença na final do Oeiras Open 125, que seria também um bilhete de ida para a estreia em torneios do Grand Slam.

“Faltou um bocadinho mais de determinação e um bocadinho mais de coragem em alguns momentos importantes em que estava à frente. Ele teve mérito na maneira como virou o encontro, mas faltou-me determinação e coragem”, sublinhou Faria que descartou qualquer maldade de Francisco Comesana aquando da assistência médica a 0-3 do segundo parcial. No entanto, admite que apesar de ter mantido inicialmente a vantagem não lidou com esse momento da melhor forma.

“A semana foi positiva”, não tem dúvidas, e agora “segue o baile” e há que focar já no torneio em Ostrava na proxima semana. “Fiz muita coisa positiva esta semana e outras coisas tenho de aprender, é tudo um processo de aprendizagem”.

Será difícil haver Paris com este resultado, não há como esconder. Virtualmente, o lisboeta aparece no posto 230 ATP, ainda cerca de uns 10 lugares fora do cut habitual e já sem possibilidade de adicionar mais pontos à hierarquia. “Agora não há nada que eu possa fazer. Não sofri o suficiente para ganhar, portanto agora vou ter de sofrer um bocadinho a ver as listas, com a calculadora para ver se entro ou não”.

Ainda assim, mesmo que acabe por falhar Roland-Garros, Jaime Faria também vai seguir a comitiva nacional para Paris à espera da primeira chance de competir.

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