OEIRAS – Há duas semanas, Clara Tauson e Suzan Lamens aterraram no aeroporto Humberto Delgado. Muito sol e ténis depois, ambas ajudaram as respetivas seleções a garantirem o play-off de novembro para os Qualifiers de 2025 e chegam ao derradeiro dia da quinzena com oito triunfos em oito encontros disputados. Quem irá rir por último?
As grandes protagonistas da final do Oeiras Ladies Open, o torneio que marca o regresso do circuito WTA a Portugal desde 2014, não podiam chegar à decisão deste domingo em melhor forma e as semelhanças não acabam. Nos oito triunfos, apenas Lamens cedeu um mero parcial no primeiro set da meia-final. Dos oito triunfos, cada uma delas alcançou uma vitória sobre uma top 10, que equivaleu ao maior escalpe das respetivas carreiras – Tauson bateu Maria Sakkari (sexta), Lamens superou Jelena Ostapenko (10.ª), isto na semana anterior no Complexo de Ténis do Jamor.
O que está em jogo para as duas.
Clara Tauson nem precisou de entrar em court para a semifinal devido a lesão de Bernarda Pera. A final do Oeiras Ladies será a 21.ª da carreira (14-6), segunda em Portugal (venceu no CETO em 2020, uma prova de 15.000 dólares que foi o terceiro e último do currículo terra em terra batida), primeira desde março de 2023 e sexta a nível WTA – no circuito principal arrecadou dois troféus da categoria 250 em três finais e esta decisão será a terceira em provas 125 (1-1), primeira desde dezembro de 2022.
Para Suzan Lamens há mais em jogo. Vai disputar a 13ª final da carreira (6-6), mas a maior e primeira a nível WTA. E, ao contrário de Tauson, na presente época já inaugurou o palmarés ao levantar o maior título jamais conquistado no W75 de Trnava, na Eslováquia.
O que dizem
Clara Tauson: “Estou feliz por estar na final. Já há algum tempo que não estava numa final WTA, mas acima de tudo estou contente com o meu nível. Têm sido duas semanas muito boas para mim e estou a jogar muito bom ténis. Este ano estou a jogar melhor do que nesta altura há um ano [fez quartos de final no Oeiras Ladies Open de 2023, na altura prova de W100] porque não tenho medo de jogar pontos longos”.
Suzan Lamens: “Estou a jogar bem e sinto-me bem fisicamente. A vitória contra a Ostapenko deu-me confiança de que estou a fazer as coisas certas. Estou a jogar o melhor ténis e também por isso estou na maior final da minha carreira, um mês e meio depois de ter ganho o maior título”.
O que dizem sobre a adversária e a final
Clara Tauson: “Sou a favorita pelos resutados que tenho tido nas últimas semanas e pelo ranking. Mas no ténis tudo pode acontecer e a Suzan está a ter bons resultados ultimamente”.
Suzan Lamens: “Espero um ténis possante da parte dela, com grandes serviços e bolas rápidas. Tenho de estar preparada, em forma e colocar mais bolas dentro do court do que ela”.
Os confrontos anteriores entre ambas registam um empate com uma vitória para cada lado e sempre em torneios ITF da menor categoria. Tauson venceu na terra batida de Antalya (quartos de final) por 7-5 e 6-1 em 2017, Lamens igualou o mano a mano e vingou-se dois anos depois em Sandelfjord (Noruega, também nos quartos de final e igualmente no pó de tijolo) por 2-6, 6-3 e 6-3.