OEIRAS – Uma vitória em pares, uma vitória individual. Francisca Jorge já somou triunfos em ambas as variantes na estreia num torneio WTA. Esta quarta-feira o sucesso veio em tons de vingança frente à russa Anastasia Zakharova, com quem tinha perdido na época passada em Corroios. Nova prova, outras condições e um court especial para consumar a reviravolta.
Reviravolta também no encontro propriamente, pois à perda do primeiro parcial, a número um nacional esteve três vezes em desvantagem no terceiro set. A celebração veio “na luta e na garra” e com muita crença à mistura para conquistar uma “merecida” vitória.
“Sempre tive um jogo mais versátil, sempre me moldei um pouco à adversária. Ela gosta de ter a bola redonda, ao nível da cintura, e consegui contrariar isso. Estou a conseguir cada vez mais usar as minhas armas e nestes pisos sou capaz de mexer mais na bola”, explicou.
A distância da satisfação depois da estreia a festejar numa prova WTA e face a uma opositora com melhor ranking (153.º) deve-se ao facto de ter sentido poder “ser mais agressiva”. Mas “para estar satisfeita teria de ter sido um encontro quase perfeito”.
A beber da energia do court dos sonhos – ainda tira fotos constantemente como se fosse a primeira vez – e do muito público “pouco normal” nos primeiros dias de competição, Francisca Jorge quer seguir os passos da irmã Matilde e chegar aos quartos de final. Para isso terá de consumar a maior vitória da carreira frente a Renata Zarazua (101.ª WTA). “A ideia que tenho é que é muito lutadora e bastante competente. Sei que vai ser duro. A pressão está do lado dela”.
“Estou a jogar bem e interessa é ir o mais longe possível. Estou a tentar ganhar nível para tudo o resto que está pela frente”.