OEIRAS – Henrique Rocha despediu-se esta terça-feira na primeira ronda individual do Oeiras Open 125, tal como nos dois Indoor Oeiras Open de janeiro. Pelo meio arrecadou o primeiro título Challenger em Múrcia, há sensivelmente um mês, passou a integrar o top 200 (agora é 206.º) e tem o primeiro Grand Slam ao virar da esquina. As expectativas eram mais elevadas nesta grande prova do circuito intermédio profissional masculino e, por isso, a desilusão por sair na estreia é maior.
“No ano passado não tinha chegado sequer a quartos de final Challenger, este ano já ganhei um torneio. Claro que as expectativas são diferentes. Não fico satisfeito com a primeira ronda, não era mesmo o que queria e acho que tenho nível para chegar mais longe”, sublinhou o jovem portuense de 20 anos no rescaldo ao encontro, sem esconder estar “desiludido e desanimado”. “Mas não me deita assim muito abaixo. Sei que o tenho a melhorar e portanto tenho de focar-me nisso”.
E o que tem ele a melhorar? A resposta é muito simples, até porque “as duas primeiras bolas são sempre importantes e toda a gente sabe disso”. O atual número dois nacional refere-se, essencialmente, ao serviço, que neste duelo esteve “um bocadinho melhor no que no Estoril”, mas não ao nível que pretende. “É algo que tenho andando a trabalhar, mas sinto que está a faltar muito. Não sou o melhor servidor daqui, estou no nível médio-baixo”.
Mas não só. Henrique Rocha ficou particularmente desiludido com o capítulo da resposta neste compromisso frente ao francês Ugo Blanchet. “Falhei muito e isso foi-lhe dando bastante vida. Quando o ponto era mais jogado até me sentia superior, mas nunca consegui ajustar a resposta. Ou ficava muito atrás porque o campo é grande e guiava-me pela vedação e não pela linha de fundo ou vinha mais para a frente. Não estava a correr da melhor maneira, mérito dele também”.
Segue-se uma ida a Ostrava depois da conclusão do quadro de pares. Já com a estreia em Roland-Garros (quase) garantida, o foco passará depois por assegurar os restantes torneios do Grand Slam de 2024. É esse o combustível do jovem português, sempre com um foco na mira.