Garin defende-se de polémica com Borges: “Ouvi alguém dizer ‘fora’ e pensei que o ponto tivesse sido interrompido”

ESTORIL — Cristian Garin (112.º) transfigurou-se esta sexta-feira no papel de vilão para o público português e esteve no centro do furacão depois de não ter permitido a repetição de um ponto após um parecer errado do árbitro de cadeira. Após selar a vitória sobre Nuno Borges (62.º) por 6-2 e 7-6(3), o chileno justificou-se e demarcou-se da controvérsia que marcou o dia no Estádio Millennium.

“Ouvi alguém dizer ‘fora’ e pensei que a jogada tivesse sido interrompida. Ele não se mexeu, por isso pensei que o encontro estava parado, só não sabia se a jogada ia ser repetida ou se eu ganhava o ponto. Parei o ponto assim que ouvi o out. Esse foi o meu ponto de vista, mas posso estar errado. Tenho de confirmar”, relatou o agora semifinalista do Millennium Estoril Open.

Para Garin, o ponto foi interrompido assim que Nuno Borges se deixou de movimentar depois de uma direita duvidosa que foi chamada fora por um adepto: “Ele parou o ponto, não sei se deveria ter sido repetido ou dá-lo a mim. Só quando discutimos é que ele me disse que não tinha parado, mas para mim parou porque foi logo ver a marca. Esse foi um dos jogos mais longos que joguei, mas estou muito orgulhoso pela forma como me mantive focado.”

E acrescentou ainda que não foi fácil cruzar o remoinho depois de ter sido fortemente apupado pelo público na reta final da partida, mas garantiu que não se tratou de algo novo para ele: “Durante o encontro foi irritante, porque cada vez que falhava ou fazia uma dupla falta eles assobiavam. Já vi este tipo de coisas antes, joguei várias vezes na Taça Davis e não foi a primeira vez que aconteceu. Percebo o porquê, porque as pessoas queriam que o Nuno ganhasse.”

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