ESTORIL — Jaime Faria (287.º) inaugurou este sábado o historial com uma pegada vitoriosa que fez dele o primeiro português a vencer na nona edição do Millennium Estoril Open. Depois de ter fixado em 6-4 e 6-4 o triunfo sobre o húngaro Mate Valkusz (214.º) na ronda de abertura da fase de qualificação, o português de 20 anos ficou mais próximo de um inédito acesso ao quadro principal e, em declarações à imprensa, mostrou-se radiante.
“Estou muito feliz e orgulhoso do meu trabalho, do que tenho vindo a fazer ultimamente, não tenho muitas palavras. É uma vitória importantíssima, não só pelos pontos, mas pelo torneio e pela emoção que fui sentindo ao longo do jogo, algo que nunca tinha sentido antes”, comentou Faria na zona de entrevistas rápidas, à entrada do Estádio Millennium.
Com um balão de oxigénio preenchido pelas quatro semanas imaculadas no Algarve, Jaime Faria não escondeu que esse foi um fator que lhe permitiu jogar mais desinibindo num palco maior: “As vitórias deram-me muita rodagem e confiança, não foram em ATP, mas deram-me mais conforto para este dia”. E mesmo sem casa totalmente lotada, soube-lhe bem celebrar — desta vez sem ser na posição de fã: “O estádio não estava cheio, mas não deixa de ser especial, vim a quase todas as edições do Estoril Open, e agora poder jogar aqui é inacreditável. No ano passado vi o Henrique jogar e estava muito feliz por ele, e ia dar tudo para poder jogar este ano.”
A vitória deste sábado não sacia a fome de Jaime Faria, que antes de preparar um duelo com Lukas Klein com o acesso à próxima fase em jogo, vai tentar saborear um pouco mais um dia para o álbum de recordações: “Não conheço nada dele, sei que é bom jogador e joga bem, com certeza. Não tenho nada preparado, vou falar com o Pedro [Sousa], que conhece bem este circuito. Vou-me preparar bem e agora estou ainda a desfrutar um pouco.”
