João Zilhão: “A probabilidade de haver Millennium Estoril Open em 2025 é de 90 e muito por cento”

Fernando Correia/Millennium Estoril Open

Em contagem decrescente para o início da nona edição, o Millennium Estoril Open continua com o futuro incerto, mas João Zilhão acredita ser uma questão de tempo até que, em conjunto com a ATP, a organização do maior torneio de ténis em Portugal tenha uma solução.

Convidado do Ponto de Encontro — o podcast do Raquetc — a sensivelmente 48 horas do arranque do torneio, o dirigente respondeu que neste momento a probabilidade de o torneio se realizar em 2025 “é de 90 e muito por cento”.

“Não vou dizer 100% porque seria parvo da minha parte, só quando sair o comunicado da ATP a dizer que o Millennium Estoril Open está no calendário, na data tal, é que há 100%”, acrescentou. “Mas nesta fase estamos em excelentes conversações e inclusive vamos ter cá elementos da ATP durante o torneio.”

Disponível no Spotify (a partir do minuto 19:40):

“Há um grande interesse em manter o Millennium Estoril Open vivo e é nessas soluções que vamos trabalhar”, continuou Zilhão, explicando que “há várias hipóteses em cima da mesa e o maior problema é 2025, porque há menos uma semana no calendário, mas em 2026 e 2027 já não seria um problema porque volta a abrir uma semana para encaixar torneios.”

A “relação de excelência” com o circuito “mantém-se”, mas a estratégia levada a cabo nos últimos anos — isto é, o crescimento dos ATP Masters 1000 para duas semanas, o aumento de torneios ATP 500 e a redução dos ATP 250 — “para criar um circuito mais premium apanhou o Millennium Estoril Open “numa situação complicada.”

“Temos tido uma licença da ATP que não é permanente, com a ATP a pedir-nos para esperarmos até corrigir o calendário e a prometer-nos que íamos ter essa licença, mas isso ainda não aconteceu e agora há uma vontade enorme da ATP em encontrar uma solução. Aliás, tiveram o cuidado de incluir um parágrafo específico sobre o Millennium Estoril Open no comunicado que publicaram e isso mostra que estão do nosso lado para de mãos dadas encontrarmos uma solução”, desenvolveu João Zilhão antes de acrescentar: “A ATP queria que o calendário saísse mais tarde e foi obrigada a avançar com ele na sexta-feira passada. Agora há correções a fazer e situações que podem mudar porque há cidades que podem mudar de data para se encontrar a tal solução para o Estoril e outras cidades também.”

O futuro do ténis mundial está a ser discutido semana após semana e as revelações mais recentes apontam para duas possíveis soluções: uma em que a ATP aceita o investimento da Arábia Saudita e ajusta o calendário para dar ao país um torneio combinado de importância elevada (fala-se de um Masters 1000/WTA 1000 a abrir a época naquela região) e outra em que a Tennis Australia — com o seu verão de ténis australiano ameaçado pela solução anterior — desafiou os restantes torneios do Grand Slam a idealizarem um Premium Tour mais restrito, com os quatro Majors, 10 torneios da categoria 1000 combinados e um ATP/WTA Finals também em simultâneo.

Os diretores dos torneios têm sido convocados quase semanalmente para fazerem parte das discussões sobre o futuro do circuito, mas João Zilhão está “proibido de falar” do que acontece nesses encontros e mantém a palavra. Sem abrir o jogo sobre “o turbilhão grande que está a acontecer no mundo do ténis”, adiantou apenas que “a minha preocupação neste momento é garantir que Portugal mantém o Millennium Estoril Open ao nível que conhecemos. O país merece, nós merecemos enquanto organizadores e as pessoas merecem. E aquilo que vamos tentar fazer é manter o maior evento de térnis em Portugal para que continue esta história de mais de 30 anos que começou em 1990 no Jamor, até 2014, e que depois foi prolongado e mantido por nós com muito risco de 2015 em diante.

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