Foi há cerca de duas semanas que Andy Murray definiu o próximo verão como provável momento para dar por terminada a carreira, e na sequência da primeira vitória no Masters 1000 de Indian Wells corroborou essa conjetura. O antigo número um mundial, saturado pela pressão exercida por parte da imprensa, voltou a manifestar o desejo de se retirar do futuro dentro de poucos meses, já depois de ter celebrado o 37.º aniversário.
“Sinto que ninguém me estava a ouvir. Estou a planear acabar a carreira no verão, não há muito mais a dizer. Têm-me perguntado sobre isso nos últimos 18 meses. Claro que é algo em que tenho pensado, mas ainda não tinha tomado nenhuma decisão. Agora que já o disse, ninguém quer escutar, não sei porque continuam a perguntar”, expressou o escocês depois de seguir caminho para a segunda eliminatória no deserto da Califórnia.
E garantiu ainda, num balanço à sua carreira, que vai rematar este capítulo sem pesares na consciência: “Penso que todos os jogadores que acabam a carreira olham para trás e lamentam que não tenham feito algo de forma diferente, ou que algo tivesse corrido melhor. Quanto a mim, sinto que fiz tudo bem. Trabalhei no duro, dei muito de mim e não houve muitos dias em que não tivesse treinado por falta de disciplina ou por más decisões”, comentou em conferência de imprensa.
