Um, dois, três.
A 10.ª edição do Rio Open dificilmente poderia estar a correr melhor à comitiva brasileira, que depois de celebrar pela primeira vez a passagem bem-sucedida de um jogador da casa pelo qualifying (Felipe Meligeni foi o autor da proeza durante o fim de semana) viu o jovem João Fonseca, de apenas 17 anos e número 655 mundial, encerrar uma jornada perfeita para se juntar aos compatriotas Thiago Monteiro e Thiago Wild nos quartos de final de singulares.
O novo menino de ouro do ténis brasileiro já se tinha destacado ao aplicar um corretivo (6-0 e 6-4) a Arthur Fils na primeira ronda para somar a primeira vitória da carreira em quadros principais de torneios ATP e voltou a assinar uma exibição de gala para passar pelo ex-campeão Cristian Garín novamente em duas partidas, desta vez com os parciais de 6-4 e 6-4.
Campeão do US Open sub 18 no último mês de setembro, o tenista carioca de apenas 17 anos tornou-se no quinto tenista mais jovem deste século a alcançar os quartos de final de um torneio do circuito principal (e logo um ATP 500), juntando-se a Rafael Nadal, Alexander Zverev, Karen Khachanov e Kei Nishikori.
Mas não só: o sucesso no Rio de Janeiro já fez de João Fonseca o mais novo a chegar tão longe nos últimos 10 anos e o mais novo de sempre da história do Brasil, que desde 2001 não via três representantes (na altura foram aliás quatro, Flávio Saretta, Ricardo Mello, Alexandre Simoni e Fernando Meligeni na Costa do Sauípe) a chegarem aos quartos de final de um torneio ATP no país.
A viver uma semana de sonho no Rio de Janeiro, a cidade em que nasceu, João Fonseca já garantiu uma subida de mais de 300 lugares no ranking, para dentro do top 350, que lhe permitirá obter entrada direta em vários torneios do circuito Challenger.
Mas para já o foco mantém-se no Rio Open, onde esta sexta-feira discute a passagem às meias-finais com o qualifier argentino Mariano Navone (113.º), que derrotou em 2022 depois de anular match points em São Leopoldo.
