A norte-americana Coco Gauff apurou-se para os quartos de final do WTA 1000 do Dubai ao interromper a série de 11 vitórias consecutivas de Karolina Pliskova, que regressou aos títulos em Cluj-Napoca e depois transportou a boa forma para Doha, onde desistiu antes de disputar as meias-finais.
A campeã do US Open não entrou bem no encontro e perdeu rapidamente a primeira partida, mas quando já estava a construir a recuperação na segunda teve uma longa discussão com o árbitro de cadeira Pierre Bacchi que lhe deu o combustível para agarrar definitivamente o comando do duelo, vencendo a ex-número um mundial por 2-6, 6-4 e 6-3.
Com o resultado em 2-6 e 4-2,um serviço de Gauff foi assinalado como fora e Pliskova falhou a resposta, mas o challenge pedido pela norte-americana mostrou que o serviço tinha sido bom. Bacchi ordenou a repetição do ponto, mas no entender de Gauff a chamada ao serviço foi tardia, quando Pliskova já tinha falhado a resposta, e por isso devia ter ganho diretamente o ponto. Insatisfeita com a decisão do árbitro de cadeira, Gauff contestou o episódio e exigiu a visita da supervisora do torneio, que lhe foi repetidamente negada pelo juíz.
No final, a número três mundial e terceira cabeça de série (mas segunda melhor classificada em prova, uma vez que Aryna Sabalenka caiu na estreia) reconheceu que a discussão a “alimentou” e ajudou a encarar o desafio com outra energia a partir daquele momento, terminando o braço de ferro com um saldo de 27 winners e 38 erros não forçados perante uma adversária que depois de um primeiro set irrepreensível (no qual explorou muito a direita de Gauff) nunca conseguiu voltar a ser a mesma.
Semifinalista no Dubai há um ano, Coco Gauff tentará igualar essa prestação na quinta-feira, quando defrontar Anna Kalinskaya.
A qualifier, número 40 mundial, assinou a quinta vitória da carreira contra uma top 10 ao passar por Jelena Ostapenko com os parciais de 6-4 e 7-5. Até agora, a letã ainda só tinha perdido com uma adversária este ano — Victoria Azarenka, que a derrotou não por uma, não por duas, mas por três vezes.