Foi há um dia que Andy Murray (50.º) somou a primeira vitória oficial desde outubro passado, mas a passagem da estreia no ATP 250 de Doha não se metamorfoseou num divisor de águas: esta quarta-feira, o campeoníssimo britânico sofreu a quinta derrota em seis encontros que disputou em 2024, depois de não ter conseguido sorrir nos momentos mais críticos de uma verdadeira epopeia que só se deu por concluída ao fim de quase três horas e meia.
Fazendo o que era preciso para recuperar de um primeiro tropeção imposto pelo checo Jakub Mensik (116.º), Murray direcionou o desenrolar do parcial de abertura para o tie-break decisivo, onde chegou a dispor de dois set points consecutivos. Não aproveitou nenhum deles — tendo na primeira ocasião falhado um vólei comprometedor — e, pouco mais tarde, foi o adversário a aproveitar a janela de oportunidade.
Murray não deixou cair a toalha ao chão e manteve-se a discutir o segundo capítulo taco a taco, mas o ritmo esteve balanceado do primeiro ao último ponto e, depois de goradas duas tímidas oportunidades para o seu lado, o escocês foi uma vez mais levado ao tira teimas, tendo desta feita sido mais eficiente. O rumo dos acontecimentos do terceiro e terminal set voltou a levar a decisão às últimas instâncias, só que o natural de Glasgow perdeu uma ligeira vantagem que lhe veio a sentenciar a derrota por 6-7(6), 6-7(3) e 7-6(4).
É o fim de linha no Catar para o campeão das edições de 2008 e 2009 e finalista vencido não só da edição transata, mas também de 2007 e 2017. Andy Murray, que ficou longe de defender os pontos amealhados há um ano em Doha, vai sofrer uma considerável queda na tabela mundial (é virtualmente o 66.º classificado) e faz as malas para os Emirados Árabes Unidos, tendo na próxima semana competição marcada no ATP 500 do Dubai.
