Num duelo das grandes decisões que opôs dois jogadores oriundos da fase de qualificação, Luciano Darderi (136.º) encerrou na noite deste domingo um percurso para a posteridade com o sétimo e derradeiro ato que lhe reservou um lugar no ATP Tour. Com sangue argentino a correr-lhe nas veias, o jovem italiano de 21 anos partiu à boleia de um forte vínculo histórico entre ambas as nações para celebrar no país que o viu nascer o primeiro título da carreira no principal patamar do circuito mundial.
Os momentos embrionários da final entre qualifiers já faziam prever o maior uma postura de maior autoridade defendida por Darderi, que soube bem o trilho a seguir para vingar a derrota prévia diante do anfitrião Facundo Bagnis (207.º) e bastou-lhe menos de hora e meia de troca de argumentos para fixar a exibição nuns claros parciais de 6-1 e 6-4.
Duas quebras de serviço consecutivas sentenciaram o desenrolar de um primeiro parcial apossado por Darderi, que aproveitou a entrada muito apática de Bagnis para se direcionar ao rumo pretendido. O experiente argentino voltou a não ter razões para sentir alívio e logo na entrada para a segunda partida o visitante voltou a pontuar no seu jogo de serviço, mas ainda assim Bagnis teve mais tarde a ocasião para restaurar esse estrago. No entanto, o italiano teve a resiliência necessária para converter a quebra ao fim de seis chances consecutivas e não deixou escapar a vitória.
Luciano Darderi, que já tem confirmada a entrada inédita no grupo dos 100 melhores jogadores do mundo já na atualização do ranking desta segunda-feira, torna-se o mais recente novo integrante do clube dos campeões no circuito ATP com uma primeira final que o fixa em definitivo na elite, apenas três meses depois de ter conquistado em Lima o segundo título Challenger do palmarés. Quanto a Facundo Bagnis, vê anulada a oportunidade de conquistar aos 33 anos o primeiro título ATP, depois de também de Santiago ter saído em 2021 como finalista vencido.