No reencontro com Novak Djokovic depois de em novembro o ter derrotado por duas ocasiões no espaço de 10 dias, Jannik Sinner (4.º) aproveitou a postura apática do sérvio para repetir o desfecho. O italiano comandou as operações pelos parciais de 6-1, 6-2, 6-7(6) e 6-3 para ditar o fim da série vitoriosa do número um mundial e alcançar a primeira final da carreira em torneios do Grand Slam.
“É a minha maior conquista até ao momento. Sempre que se joga frente a ele sabe-se que vai ser um encontro complicado, sobretudo em Grand Slams. Foi muito difícil, especialmente no terceiro set, onde me consegui manter positivo e felizmente tudo saiu bem depois disso. Estou muito feliz”, exprimiu o transalpino de 22 anos, no rescaldo à sexta vitória da quinzena — e primeira em que perdeu um set.
Mas a celebração em court não foi efusiva e Sinner justifica-o, lembrando que ainda nada está garantido: “São emoções que não se podem controlar. Significa muito para mim bater Djokovic, mas o torneio ainda não terminou. No domingo vou jogar a final e aí tudo será diferente, independentemente da dimensão do torneio. Hoje foram as meias-finais e por isso ainda não ganhei nada, aguardo por domingo para ver o que virá aí.”
Foi logo na fase inicial que se apercebeu de que algo faltava no jogo de Djokovic e, a partir daí, procurou aproveitar as frechas para levar o rumo a seu favor: “Nos primeiros sets percebi que ele não estava a bater na bola como usualmente faz, e também não se movia tão bem. Dei-me conta de que não estava tão concentrado como de costume, mas é o número um do mundo e precisava de estar preparado caso as coisas mudassem, e isso aconteceu no terceiro set. É o melhor a responder a serviços, e hoje não teve um único ponto de break, são estatísticas muito incomuns para ele. Apercebi-me de que não estava a ter o seu melhor dia e encarreguei-me de jogar a grande intensidade para aproveitar essa oportunidade.”