Daniil Medvedev inverteu uma desvantagem de dois parciais frente a Alexander Zverev (6.º) e lançou o veneno que o próprio sofrera na final do Australian Open em 2022 para aplicar uma extraordinária reviravolta de 5-7, 3-6, 7-6(4), 7-6(5) e 6-3. A caminho da sua terceira final da carreira em Melbourne Park, o moscovita de 27 anos explicou que precisou de gerir o ritmo físico para ter sido capaz de inverter vertiginosamente o cenário da meia-final de alta voltagem que pintou a manhã desta sexta-feira.
“Poderia dizer muitas coisas neste momento, mantive-me sempre a lutar e voltei mais agressivo porque estava cansado. Percebi que não ia conseguir correr durante três horas, por isso desta forma consegui recuperar um pouco fisicamente e depois senti que fui melhor do que ele. Centrei-me em lutar e fazer tudo o que fosse possível”, começou por explicar aos microfones na conferência de imprensa.
E não são os oito parciais perdidos pelo caminho que agitam os seus níveis de motivação para o sétimo e derradeiro encontro da quinzena. Até porque há pela frente a missão de eliminar a maldição de duas finais perdidas na Rod Laver Arena: “Mentalmente, sinto-me mais forte do que era antes deste torneio. Sou capaz de fazer mais coisas a 100%. Em alguns momentos pensei que não o era, mas estou feliz por tudo isto. Para ser sincero, acho que é melhor estar na final a ganhar encontros em três ou quatro sets, para se chegar melhor a nível físico, mas é o que há. Estou orgulhoso e ansioso para voltar a dar 100% de mim novamente.”
O último compromisso do percurso opõe-o ao italiano Jannik Sinner, nome que prevaleceu nos três anteriores frente a frente entre ambos, e Medvedev sublinha que terá de reunir todos os argumentos possíveis para que possa discutir o resultado: “Foi um jogador mais forte, esses três últimos encontros foram duros, mas tive as minhas oportunidades. Todos eles aconteceram no final da temporada, onde não me sentia na melhor forma, mas agora preciso de estar no máximo. Está a jogar melhor do que antes, a mudança aconteceu quando ganhou o título do Masters do Canadá, mas sobretudo na fase final do ano passado, onde começou a demonstrar um nível totalmente diferente. Se o quiser vencer terei de subir o meu nível.”