O sonho de conquistar no próximo domingo o 25.º título do Grand Slam ficou reduzido às cinzas para Novak Djokovic, que na manhã desta sexta-feira se exibiu longe do seu melhor e não conseguiu contrariar o poderio de Jannik Sinner, que carimbou o passaporte para a final do Australian Open ao vencer por 6-1, 6-2, 6-7(6) e 6-3. Para Boris Becker, o desaire do seu ex-pupilo não o surpreendeu, embora tenha ressaltado que foi a performance de grande nível do transalpino que o deixou admirado.
“Não estou surpreendido que Jannik Sinner tenha vencido, mas surpreende-me a forma como ele o conseguiu, porque precisava mesmo de vencer o terceiro set. Esteve bem do início ao fim e serviu muito bem na fase final. O facto de Novak Djokovic, que é o melhor de sempre a responder ao serviço, não ter tido um único break point frente a Sinner espelha a história do encontro”, começou por exprimir o ex-número um mundial, ao microfone do Eurosport.
Boris Becker adiantou ainda que a forma como Djokovic reagiu ao balde de gelo é a prova de que reconheceu o mérito do adversário: “A nível de forma, não foi o seu melhor Australian Open, sentiu muitas dificuldades em manter o ritmo e o serviço em quase todos os encontros. E hoje enfrentou um adversário mais forte. Normalmente não o vejo tão relaxado depois de perder, talvez tenha percebido que não perdeu devido a falta de sorte, mas sim porque Sinner foi melhor do que ele. É disso que são feitos os campeões, de reconhecer que às vezes não é o seu dia.”