Zheng Qinwen, de 21 anos e atualmente na 15.ª posição do ranking mundial, está a fazer história no mundo do ténis. Esta quinta-feira, venceu Dayana Yastremska nas meias-finais do Australian Open e alcançou pela primeira vez a final de um torneio do Grand Slam, tornando-se apenas na segunda tenista chinesa a fazê-lo — e precisamente uma década após Li Na ter feito história no mesmo torneio.
A conferência de imprensa que se seguiu à sexta vitória da quinzena ficou marcada pela emoção que a tenista asiática não escondeu: “Alcançar a minha primeira final em torneios do Grand Slam é uma sensação incrível. Era o meu sonho de criança e estou realmente feliz, mas sei que ainda tenho outra luta pela frente e estou a tentar controlar as emoções.”
“O meu sonho não é apenas a final. Estou quase lá, mas ao mesmo tempo sei que ainda me falta muito. Ainda há algo que tem de acontecer”, acrescentou Zheng, que até esta semana tinha como melhor resultado a este nível os quartos de final alcançados no US Open de 2023.
A escrever história para o ténis chinês no mesmo local onde há 13 anos Li Na se tornou na primeira jogadora daquele país a disputar uma final do Grand Slam e onde há 10 foi ainda mais longe ao vencer, Zheng Qinwen admitiu acreditar no destino… até certo ponto.
“Sim, acredito, mas tento não deixar que outras coisas me afetem, mesmo o destino. Quando tudo está a correr bem, acredito no destino. Mas se o destino não estiver a meu favor, não acredito de todo. Depende de onde o destino me leva”, explicou com a boa-disposição que a caracteriza.
Com seis vitórias no bolso, a jovem de 21 anos só precisa de mais uma para ser coroada rainha de Melbourne e vencer o Australian Open, mas sabe que o desafio que a espera não é fácil: “Tenho a certeza de que será uma final muito bem disputada e muito competitiva. Ela é uma das jogadoras que mais forte bate na bola atualmente. Tem o serviço mais forte, a melhor direita, a melhor esquerda. É uma jogadora completa. Mas numa final todos sentem a pressão,cmesmo ela, que estará a jogar uma pela terceira vez. Quem lidar melhor com isso e conseguir mostrar o seu ténis vencerá o encontro e esse é um dos desafios que tenho pela frente. Vou trabalhar nisso e lutar.”