Dois anos e meio depois de ter sido eternizado no International Tennis Hall of Fame, em Newport, nos Estados Unidos da América, Lleyton Hewitt foi homenageado pela Tennis Australia com a indução no Hall of Fame daquele país.
A cerimónia aconteceu em plena Rod Laver Arena, o court com maior significado para o ex-tenista e atual treinador e capitão de 42 anos, que aos 20 se tornou no número um mundial mais novo da história — recorde entretanto batido por Carlos Alcaraz.
Afinal, foi lá que, em 2003, Lleyton Hewitt recuperou da desvantagem de dois sets a zero contra Roger Federer para conquistar o ponto que enviou a Austrália para a final da Taça Davis e dois meses mais tarde contribuiu com um triunfo em cinco sets sobre Juan Carlos Ferrero na final que acabaria por sorrir à equipa da casa.
Mas não só: sensivelmente um ano depois, com vitórias sobre Rafael Nadal, Andy Roddick e David Nalbandian pelo caminho, o australiano também chegou à final do Australian Open, onde Marat Safin impediu uma quinzena de glória.
“É uma honra inacreditável para mim. Pensar em como tudo começou… Cheguei aqui com 15 anos e apurei-me para o Australian Open pela primeira vez. Sempre sonhei ser capaz de jogar aqui uma vez e acabei por fazê-lo por 20 anos seguidos. E agora receber este reconhecimento incrível e estar ao lado de tantas lendas do ténis australiano que foram exemplos, irmãos mais velhos e quase pais para mim é uma honra enorme”, explicou Hewitt na cerimónia em que contou com a presença da mulher, Bec, de dois dos três filhos incluindo o jovem Cruz — que esta semana jogou o torneio júnior —, os pais e a irmã.