Jannik Sinner continua sem perder qualquer set no Australian Open e esta terça-feira juntou-se a Novak Djokovic num duelo de luxo das meias-finais que será uma reedição daquele que venceu e que foi determinante para a conquista da Taça Davis por parte da Itália, mas não só.
O italiano, que tinha sido o único a chegar à quarta ronda com um registo melhor do que o do português Nuno Borges, livrou-se de Andrey Rublev em três partidas, com os parciais de 6-4, 7-6(5) e 6-3, para chegar pela primeira vez à penúltima eliminatória em Melbourne.
O frente a frente entre dois dos elementos do top 5 mundial foi sempre equilibrado e a verdade é que podia ter terminado com uma história bem diferente: Rublev foi o primeiro a ameaçar o break no parcial inaugural, liderou por 5-1 no tie-break do segundo e voltou a ameaçar no início do terceiro, mas de todas as vezes Sinner encontrou forma de sair de situações de aperto.
Para o italiano, foi o segundo bilhete da carreira para as meias-finais de um torneio do Grand Slam, depois de o alcançar pela primeira vez na última edição de Wimbledon.
Para o russo, a derrota significou o adensar do pior registo da história em quartos de final deste nível: 0-10.
E agora… que venha o blockbuster. A quinta vitória seguida em sets diretos permitiu a Jannik Sinner marcar encontro com Novak Djokovic. Os dois estiveram frente a frente por duas vezes na reta final da temporada, com o sérvio a vencer na final do ATP Finals e o italiano na meia-final da Taça Davis (com contornos de final).
A montanha a escalar não será grande, mas sim enorme, porque o campeão em título — superou Taylor Fritz no fecho da sessão diurna — nunca perdeu em meias-finais ou finais do Australian Open.
