Novak Djokovic saiu esta terça-feira por cima do desafio com Taylor Fritz (12.º) e foi com os parciais de 7-6(3), 4-6, 6-2 e 6-3 que assegurou o 11.º apuramento para as meias-finais do Australian Open. O sérvio, que a partir desta fase da prova nunca perdeu qualquer encontro, já só está a duas vitórias do 11.º troféu de campeão, mas admitiu em conferência de imprensa que não teve vida fácil não só para estar à altura das investidas do adversário, mas também para saber gerir o calor.
“Estava muito calor e começar um encontro logo com um jogo de 17 minutos de duração, com trocas de bolas muito exigentes a nível físico, condicionou bastante o primeiro parcial. Senti-me sempre muito incómodo, porque Taylor jogou de uma forma agressiva desde a linha de fundo e tentava tirar-me tempo em cada pancada. Tive de adotar uma postura mais defensiva, também porque serviu muito bem. Dou-lhe muito mérito pelo que fez, entrou com um plano de jogo muito claro”, começou por explicar o campeão em título após a batalha de quase quatro horas.
Visivelmente incomodado pela elevada temperatura e humidade, Djokovic explicou que isso requer maiores precauções com o corpo: “Esta superfície absorver muito o calor e por isso lá a temperatura é maior do que nas bancadas. Tornou-se difícil controlar o ritmo cardíaco e a respiração, porque tudo foi jogado a alta intensidade e o gasto de energia foi muito superior ao tempo que tive para recuperar entre pontos. Há dias em que é necessário aceitar a situação e saber sofrer”
O quinto apuramento consecutivo para a final do Australian Open fica à distância de um triunfo frente a Jannik Sinner ou Andrey Rublev, e o sérvio de 36 anos garante que mantém a motivação nos níveis máximos: “Se há alguns torneios em que me esforço ao máximo por vencer são os Grand Slams, mas especialmente este. Sei a série positiva que tenho vindo a acumular e isso dá-me muita confiança. Adoro jogar na Rod Laver Arena e estou sempre disposto a fazer um esforço adicional sempre que compito lá.”