Nuno Borges sentiu na pele a dificuldade de enfrentar Daniil Medvedev e depois de ter lutado olhos nos olhos com o número três mundial (já foi número um) falou sobre o maior obstáculo que sentiu durante o encontro da quarta ronda do Australian Open, de onde se despediu com história pessoal e nacional.
“Acho que o efeito dele no teu jogo é fazer-te falhar um pouco em demasia. Não é como se ele te conseguisse empurrar muito para trás ou bater primeiros serviços muito fortes ou fazer um winner em todos os pontos, não. É mais a capacidade que tem para se manter em longas trocas de bolas e desgastar-te lentamente e fazer-te exagerar. Senti muito isso”, explicou o melhor tenista português da atualidade depois da derrota por 6-3, 7-6(4), 5-7 e 6-1 ao fim de 3h07.
“Senti que tinha pancadas para fazer a diferença, mas ele fez-me bater mais uma e mais uma e mais uma até que eventualmente cometia um erro. Foi muito bom em fazer-me sentir assim, um pouco desesperado por ganhar o ponto. Estava sempre a ler o meu jogo, mas acho que é por isso que ele é tão bom. Faz-te sentir desta maneira. Mesmo que sintas que controlas o encontro, na verdade não controlas”, concluiu Nuno Borges no final da melhor prestação da carreira em torneios do Grand Slam.