Tsitsipas abatido após derrota: “Na carreira existem muitos mais momentos dolorosos do que de glória”

Stefanos Tsitsipas (7.º) deu este domingo por terminada a passagem pelo Australian Open, onde pela primeira vez desde 2020 não conseguiu alcançar pelo menos os quartos de final. O ateniense, que era um dos favoritos a regressar ao encontro das decisões no próximo fim de semana, cedeu esta manhã frente ao norte-americano Taylor Fritz (12.º), por 7-6(3), 5-7, 6-3 e 6-3, e foi com uma postura cabisbaixa que passou pela sala de conferências de imprensa após o desaire.

Atribuindo o mérito ao adversário, Tsitsipas não escondeu que já esperava deparar-se com muitos obstáculos, não tendo conseguido abalar a compenetração de Fritz: “O que eu sabia era que iria ter um encontro duro pela frente com um adversário com quem já havia jogado no Australian Open e que se sente muito cómodo nestas condições, sabe adaptar-se muito bem. Infelizmente não correu bem para o meu lado, ele jogou a um grande nível e mereceu a vitória porque fez tudo para me impedir dominar.”

Equilibrados no capítulo dos ases disparados (13-12), Tsitsipas lamentou, ainda assim, que por diversas vezes os pontos não se tenham prolongado de forma a poder construir mais soluções através das pancadas: “Senti que houve etapas da partida em que tudo se resumiu ao serviço, esperava ter mais trocas de bola para ter mais chances de ganhar os pontos ao ir percebendo que pancadas melhor estavam a funcionar. Isso desconcentrou-me um pouco, não havia muito a melhorar porque o principal eram as pancadas de serviço.”

Na despedida a Melbourne e com a manutenção de um lugar no lote dos 10 melhores do mundo em risco, Tsitsipas não se alarma com o cenário mas admite que vai precisar de algum tempo para ultrapassar a mágoa: “Vou demorar alguns dias para recuperar de uma derrota destas. Vou dedicar algum do meu tempo para refletir e estar mais bem preparado para a próxima vez que jogar com ele. As mudanças são sempre constantes, um dia está-se no top 10. no outro já não, por isso só me resta continuar a trabalhar e voltar a perseguir os momentos em que tudo estava a funcionar. É doloroso porque no ténis os momentos de glória não são muitos. Existem muitos mais momentos da carreira que são difíceis do que momentos de glória e de êxito. É uma percentagem muito pequena de tudo aquilo que um tenista vive na temporada.”

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