A história dentro do court reflete-se fora dele e Nuno Borges já garantiu que sairá do Australian Open com mais pontos do que qualquer tenista português na história dos torneios do Grand Slam, bem como o maior cheque de sempre.
Ao chegar à quarta ronda (que disputa na madrugada de segunda-feira com Daniil Medvedev), o maiato de 26 anos igualou as melhores campanhas de João Sousa, mas por causa da restruturação de pontos anunciada no início da época sairá de Melbourne com mais pontos (200 caso perca o próximo desafio). O vimaranense ganhou 180 pontos pelo mesmo número de vitórias no US Open de 2018 e em Wimbledon 2019.
No cômputo geral, esta já é a melhor campanha da carreira de Nuno Borges em termos de pontos (ultrapassou os 175 que conquistou ao vencer o Challenger 175 de Phoenix em março de 2023) e a quinta melhor de um tenista português, só atrás dos quatro semanas em que João Sousa conquistou títulos no circuito principal, cada um sinónimo de 250 pontos (Kuala Lumpur 2013, Valência 2015, Estoril 2018 e Pune 2022).
No capítulo do prize-money, a diferença é tangencial, mas ainda assim sorri a Nuno Borges, que já garantiu 243.384€ — um valor resultante das três vitórias em singulares e da que também conseguiu em pares ao lado de Aleksandar Vukic, antes da desistência na segunda ronda.
Esta quantia é superior à que João Sousa amealhou no US Open de 2018, quando as mesmas vitórias em singulares e pares valeram ao tenista de Guimarães um total de 241.168€, e também em Wimbledon 2019, do qual se despediu com 202.364€.
Os torneios do Grand Slam têm vindo a aumentar consideravelmente os prémios monetários ao longo dos últimos anos, em especial nas primeiras rondas, o que deu origem a uma discrepância considerável em números das últimas duas décadas.
Por curiosidade, quando Michelle Larcher de Brito se tornou na primeira tenista portuguesa a alcançar a terceira ronda de um Grand Slam, em Roland-Garros 2009, recebey 40.600€. Em 2023, o prémio de presença na primeira ronda era de 69.000€. Frederico Gil foi o primeiro homem a fazê-lo, no Australian Open de 2012, e recebeu 53.980€, um valor inferior ao que foi oferecido em 2024 aos que perderam na primeira eliminatória: 72.740€.
Todos os valores apresentados são brutos e calculados de acordo com as taxas de conversão dos respetivos períodos.