Marta Kostyuk (37.ª) ativou o modo de turbo para carimbar o apuramento para os quartos de final do Australian Open e com os folgados parciais de 6-2 e 6-1 encerrou o percurso para a memória de Maria Timofeeva (170.ª), oriunda da fase de qualificação. Pouco depois de ter concluído a exibição sem enfrentar sustos, a ucraniana recorreu às redes sociais para expressar a sua indignação ao ver a bandeira russa apresentada numa publicação do US Open.
No Twitter, a jogadora de leste questionou a eficiência da condição neutra exigida a todos os jogadores da Rússia e da Bielorrúsia desde o espoletar do conflito da Ucrânia, em 2022: “Desde o início da invasão que lutamos pela suspensão de todos os atletas russos e bielorrussos. Agora eles competem com um estatuto neutral, sem representar as bandeiras dos seus países. Mas já repetimos constantemente a questão de qual é esse estatuto, porque isso não existe. Esses jogadores já disseram várias vezes que todos sabem que países representam; os governos desses países dizem que os atletas são seus e que todo o mundo sabe disso; os media internacionais escrevem que são jogadores russos e bielorrussos; muitos jogadores têm a sua bandeira nas redes sociais.”
“Hoje, depois da minha vitória frente a uma jogadora do país agressor, a bandeira russa foi exibida na fonte oficial de um dos maiores torneios de ténis do mundo. É o 697.º dia de guerra e o desporto continua a promover um país assassino que utiliza os atletas como forma de propaganda. Peço a todos os representantes dos media e à comunidade desportiva que deixe de usar o court para promover a ‘paz russa'”, exprimiu Kostyuk, indignada, depois de não ter cumprimentado a adversária no final.
