O eventual confronto entre Novak Djokovic e Ben Shelton (16.º) era um dos mais aguardados desde que o quadro foi sorteado, depois de um duelo quente entre ambos no US Open, mas Adrian Mannarino (19.º) eliminou essa possibilidade ao voltar a brilhar a terceira vitória da semana noutras tantas maratonas de cinco sets que enfrentou. Aos 35 anos, o gaulês igualou o seu melhor registo em torneios do Grand Slam e provou que a idade é apenas um número: vive o melhor momento da carreira e tem as portas abertas para alcançar um patamar que nunca antes pisou.
Sem fazer notar o desgaste físico acumulado nos dois primeiros testes no Australian Open, nos quais despendeu cerca de sete horas em court para celebrar, em ambos os casos, apenas no derradeiro quinto parcial, Mannarino repetiu a dose numa batalha com contornos ainda mais épicos. Quando o ponteiro já se aproximava das cinco horas de duração, cerrou o punho com os impressionantes 7-6(4), 1-6, 6-7(2), 6-3 e 6-4.
A saborear aquela que é a sua quinta viagem para os oitavos de final de um Major, o destino é o mesmo que três das prévias campanhas, divididas entre Melbourne Park e o All England Club — espera-o uma vez mais um integrante do denominado Big Three. A sorte ditou-lhe que a próxima barreira a escalar o oponha ao campeão em título Novak Djokovic, mas isso não é algo que entre, para já, nas preocupações do veterano francês.
Logo após celebrar o triunfo desta sexta-feira, Adrian Mannarino assegurou nas declarações prestadas ainda em court que não sabe com quem se vai cruzar no próximo domingo, e que nem tem pretensões de saber que é o número um mundial que o espera: “Não quero pensar em quem vem a seguir, só quero desfrutar desta vitória e por estar novamente nos oitavos de final”.
