Nuno Borges (69.º) viveu um dia mágico em Melbourne Park para anotar o melhor triunfo de toda a carreira através dos contundentes parciais de 7-6(7), 6-3 e 6-3 aplicados ao 23.º cabeça de série Alejandro Davidovich Fokina (24.º). O número um nacional vai transportar as cores portuguesas à terceira eliminatória do Australian Open e torna-se o terceiro homem da história do nosso país a atingir um patamar tão elevado em torneios do Grand Slam, depois de também Michelle Brito o ter feito em 2009.
Se há três dias o maiato havia seguido os passos de Nuno Marques, Frederico Gil e João Sousa para ser o quarto da história do ténis nacional a somar um triunfo no quadro principal do Australian Open (onde Maria João Koehler foi a única mulher a conseguir passar da estreia), desta feita deu mais um passo de gigante ao juntar-se a Gil e Sousa na restrita lista dos que inscreveram o nome na terceira ronda num dos quatro maiores eventos do globo.
João Sousa, que se mantém destacado enquanto o tenista português com mais participações (e vitórias) em quadros principais de provas Major, por três ocasiões (2015, 2016 e 2019) conseguiu ficar às portas da segunda semana de competição no Australian Open, mas tanto em Wimbledon (2019) como no US Open (2018) foi ainda mais longe ao aceder aos oitavos de final. Quanto a Frederico Gil, data de 2012 a sua campanha mais produtiva em Grand Slams, quando se tornou a primeira figura nacional a atingir a terceira eliminatória, precisamente nos antípodas.
Igualado aquele que permanece como melhor registo das expedições portuguesas em Melbourne, Nuno Borges bate à porta a um registo que pode ser inédito e é embalado pelo triunfo mais saboroso da carreira que ambiciona tornar-se o primeiro tenista luso a participar na quarta eliminatória do Australian Open. E porque o céu é o limite, a próxima missão passa por derrotar Grigor Dimitrov (13.º) ou Thanasi Kokkinakis (80.º).
