Depois de não ter concedido nenhum set na estreia há dois dias, Carlos Alcaraz foi esta quinta-feira empurrado às cordas por Lorenzo Sonego (46.º) e chegou a estar em vias de precisar de resolver a situação no quinto parcial. Mas o número dois mundial atuou a tempo de se salvar e ao cabo de três horas e meia assinou os parciais de 6-4, 6-7(3), 6-3 e 7-6(3), que lhe permitem igualar aquela que é a sua melhor campanha no Australian Open.
Alcaraz sempre foi o que teve mais iniciativa no primeiro parcial e único a dispor de chances de break, mas só aproveitou uma delas para assumir o comando da partida. Só que Sonego reforçou a guarda num segundo set onde as janelas de oportunidades foram nulas e venceu nos detalhes apenas no tira teimas, antes do espanhol voltar a ter predomínio para ficar a um passo do triunfo. Mas o cenário voltou a complicar-se para o tenista de Múrcia, que após uma troca de breaks chegou a estar a quatro pontos do quinto parcial — conjetura que viria a ser refutada com um seu maior poderio no tie-break final.
Dois anos depois da sua última passagem por Melbourne Park — em 2023 foi forçado a desistir devido a lesão —, Carlos Alcaraz repete a presença na terceira ronda que é, até ao momento, o seu melhor registo no torneio do Grand Slam onde tem um registo mais apagado. À procura de melhorar essa estatística, o jovem de 20 anos vai procurar um acesso inédito aos oitavos de final numa partida agendada com o chinês Juncheng Shang (140.º), encarregue de ditar o fim de sonho ao indiano Sumit Nagal (137.º).
