Nagal vive conto de fadas em Melbourne depois de ter pensado em desistir: “Há um ano tinha 900 euros na conta”

O nome de Sumit Nagal (137.º) já havia passado pelos quadros principais dos Grand Slams e até chegou a instaurar lapsos com o do campeoníssimo Rafael Nadal, mas as trevas apareceram pelo caminho do indiano e tanto em 2022 e 2023 manteve-se longe dos holofotes. De regresso à ribalta após ter furado as três etapas da fase de qualificação, o indiano deu esta terça-feira um passo de gigante para o seu país ao bater o cabeça de série Alexander Bublik (27.º) por 6-4, 6-2 e 7-6(5).

Primeiro atleta da Índia (homem ou mulher) a eliminar um dos pré-designados de torneios Major desde 1989, Nagal não escondeu a emoção após averbar a quarta vitória de um percurso que já lhe permite amealhar 120.000 dólares — mais do que averbou ao longo de todo o ano transato. Em conferência de imprensa, o atleta de 26 anos recordou os tempos de provações, onde pensou desistir depois de ter abandonado o top 500 e de não conseguir reunir verbas para viajar pelo circuito.

“Está a ser emocionante, não estou a chorar agora, mas ainda não consigo acreditar. Às vezes têm-se um ano bom, às vezes têm-se um ano mau. No ano passado tinha 900 euros na conta, não conseguia viajar para os torneios nos primeiros meses e depois precisei de wild cards para conseguir regressar ao top 130. Começando de onde comecei, estou muito orgulhoso por conseguir dar uma nova oportunidade a mim mesmo, qualificar-me aqui e jogar a segunda ronda na quinta-feira. É uma boa sensação”, proferiu em conferência de imprensa, já com o olhar direcionado para um embate com o chinês Juncheng Shang (140.º )que lhe pode valer ainda mais história.

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