O bilhete de identidade diz que Mirra Andreeva ainda está a começar o primeiro ano de júnior, mas dentro do court a conversa é outra e já há vários meses que esta adolescente russa luta de igual para igual com as crescidas, de tal forma que esta segunda-feira, ainda com 16 anos, venceu pela primeira vez no quadro principal de singulares do Australian Open — o único Grand Slam que lhe faltava. Repetimos: aos 16 anos.
Número 47 mundial, a tenista nascida em Moscovo só precisou de duas partidas para derrotar a norte-americana Bernarda Pera (71.ª), 13 anos mais velha, por 7-5 e 6-2.
Andreeva foi quebrada em duas das três primeiras vezes em que serviu, mas a partir do momento em que se viu a perder por 2-4 virou por completo o encontro. Cada vez mais agressiva e com os erros a caírem a pique, a nova tenista sensação da Rússia venceu cinco dos seis jogos seguintes para conquistar a primeira partida e já não voltou a olhar para trás.
Vice-campeã júnior deste Australian Open há um ano (perdeu para Alina Korneeva, que aos 16 anos também está pela primeira vez na segunda ronda), Mirra Andreeva fez o que lhe faltava e alcançou o pleno de vitórias em torneios do Grand Slam.
Isto porque em 2023 já tinha brilhado ao chegar à terceira ronda de Roland-Garros, à quarta ronda de Wimbledon e à segunda ronda do US Open. Já em 2024, abriu a época com três vitórias em Brisbane, num WTA 500, para inscrever o nome nuns quartos de final do circuito principal pela primeira vez.
