Riedi, carrasco de Elias, foi “o melhor a responder” e ganhou o direito à desforra

OEIRASLeandro Riedi negou a Gastão Elias a possibilidade de disputar a segunda final consecutiva em casa e vai começar o ano a discutir um título no Jamor, onde espera conseguir a desforra de um corretivo que remonta aos tempos de júnior.

“Estou muito aliviado, foi um encontro difícil. Ele já esteve no top 60, por isso sabia que ia ser um encontro muito difícil e com o público a favor dele. Estou muito feliz. A chave do encontro foi focar-me no meu serviço, porque ele responde muito bem, e no dele tentar devolver muitas bolas. Fui capaz de o fazer e acabei por responder melhor do que ele. Acho que foi essa a razão para eu ter ganho hoje”, analisou o suíço na conferência de imprensa acerca do triunfo por 6-2 e 6-3.

“Houve vários momentos decisivos que podiam ter caído para o lado dele”, disse ainda, concordando com a análise de Elias, “e no início do segundo set houve um 15-40 no segundo jogo em que se eu tivesse cometido um erro de repente estava 2-0 e o momentum ia-se com ele. Fui melhor nos momentos decisivos e estou muito feliz com a forma como lidei com a pressão.”

Com quatro exibições irrepreensíveis, Leandro Riedi está a começar 2024 de forma totalmente oposta ao final de 2023 (perdeu nove dos últimos 10 encontros) e vai jogar uma final Challenger pela sexta vez na carreira, mas primeira desde agosto.

Ex-número 126 mundial, o jogador nascido em Frauenfeld quer conquistar o terceiro título e se o fizer terá mais do que um motivo para celebrar, pois será às custas de um jogador que nos tempos de júnior lhe aplicou um corretivo: o norte-americano Martin Damm, contra o qual somou apenas três jogos (derrota por 6-2 e 6-1) na edição de 2019 do prestigiado torneio de Roehampton, em Londres.

“Ele destruiu-me completamente e agora quero a desforra”, disse na flash interview à Sport TV ainda no court. Já em conferência de imprensa, ironizou ao referir-se aos “serviços a 300km/h” que o adversário disparou, apesar de tudo não muito longe dos constantes 220-230km/h que o radar tem detetado ao longo dos últimos dias. “Vai ser um encontro muito difícil porque ele é alto, canhoto e serve muito bem. Veremos se tenho hipóteses na resposta.”

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