Gastão Elias sai do Jamor com uma subida importante e a confiança reforçada

OEIRAS — As duas semanas de Indoor Oeiras Open valeram a Gastão Elias importantes 47 pontos para começar o ano a amealhar metade do que até ao final de abril terá de defender, mas sobretudo uma série de sete vitórias em nove encontros disputados em condições que estão longe de ser do seu maior agrado e que por isso lhe reforçam a confiança para as primeiras aventuras longe de casa.

O tenista português falou de “dois meses mais ou menos tranquilo” antes de entrar na única série de torneios em que tem pontos significativos a defender, mas na verdade faltam cinco semanas até começarem a cair os 102 pontos relativos Les Franqueses del Valles, Waco, Puerto Vallarta (três quartos de final) e Girona (final), este último o torneio em que contraiu nova lesão na coxa esquerda que voltou a afastá-lo dos courts.

Ainda assim, a dupla campanha no Jamor foi muito importante para ganhar terreno nestas primeiras semanas de 2024 e consequentemente ter mais tranquilidade no momento da inscrição em torneios, pois passou vários meses dos últimos dois anos a sentir na pele a frustração de até ao fecho das inscrições aguardar por boas notícias.

“Agora tenho de aproveitar ao máximo o que estes quase 50 pontos fazem porque pode ser que me ajudem um bocadinho para os próximos quadros” — e tudo indica que ajudarão: o jogador português era 336.º quando a época começou e na próxima segunda-feira chegará ao 284.º lugar, ainda longe de onde espera regressar, mas ainda assim uma subida significativa para quem atualmente surge sempre na lista de alternates das fases de qualificação.

No fundo, um sinal de esperança. Tal como o — porventura ainda mais importante — que ganhou ao longo dos nove encontros já disputados este ano, bem acima do esperado sobretudo pelas condições pouco favoráveis (piso rápido indoor) em que já raramente compete apesar de o fazerem lembrar da melhor vitória da carreira, contra o então número sete mundial, Gael Monfils, no ATP 250 de Estocolmo em 2016, a melhor época da carreira.

Elias abdicou de Tenerife, já este fim de semana, e deverá ter como próximo destino Quimper, em França, se, lá está, as movimentações habituais na lista de entrada lhe abrirem caminho como alternate (por enquanto está a 15 desistências de entrar no qualifying). E só depois da Taça Davis, a abrir o mês de fevereiro, começará a regressar à terra batida onde pelo menos sabe que em abril terá o “seu” Oeiras Open (Challenger 125) para tentar estender a série de — como ele próprio recordou — 15 triunfos consecutivos no Central do Jamor.

É um até já curto, por isso, e que se deu este sábado “por causa de um ou dois pontos em que o jogo virou completamente”, tinha começado por explicar nesta conferência de imprensa que, no fundo, teve como principal objeto de análise o encontro que acabara de perder por 6-3 e 6-3 para Leandro Riedi na meia-final do Indoor Oeiras Open II.

“Se tivesse aproveitado um ou outro ponto de break que tive, especialmente no início de cada set, em que os tive primeiro do que ele, e se tivesse passado para a frente… aí tenho a certeza de que o jogo ia ser totalmente diferente. Ele é um jogador com muita potência e que joga um ténis muito agressivo, por isso claro que quando passou para a frente e ficou mais tranquilo tornou-se mais difícil de o contrariar”, acrescentou.

Por esclarecer fica apenas a dor que sentiu “ao 3-1 do primeiro setna anca esquerda, o lado que tantas chatices lhe deu nos últimos meses, mas que acredita não ser “nada de especial” e vir a melhorar “já nos próximos dias.”

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