Em destaque no Jamor, Gastão Elias não hesita quanto à Taça Davis: “Se for para bater palmas não levo as raquetas”

Beatriz Ruivo/FPT

OEIRAS — Gastão Elias celebrou esta quarta-feira a sexta vitória do ano nos campos de piso rápido cobertos do Complexo de Ténis do Jamor, em Oeiras, e ao ser questionado sobre a eliminatória da Taça Davis de Portugal na Finlândia, em condições semelhantes, não hesitou em mostrar-se pronto a fazer parte das contas do selecionador.

“Estou sempre pronto, porque não? Quando vou à Taça Davis vou para jogar, se for para bater palmas não levo as raquetas”, respondeu, com o sorriso que o caracteriza, percebendo de imediato o que tinha dito: “Vai ser o título da notícia…”

Bem dito, bem feito.

Ou não fosse ele o jogador português em melhor forma neste início do ano (foi finalista do Indoor Oeiras Open I e já está nos quartos de final do Indoor Oeiras Open II) a pouco mais de uma quinzena da viagem da seleção nacional até Turku, a terceira maior cidade da Finlândia, para uma eliminatória precisamente em piso rápido indoor, a superfície em que se jogam estes dois torneios Challenger no Jamor.

Já sobre o frente a frente com o norte-americano Ethan Quinn que se prolongou por 2h26, o tenista português de 33 anos reconheceu ter sido “um jogo complicado contra um jogador um bocadinho aleatório no que diz respeito à tática.”

“Foi muito difícil de encontrar soluções para o estilo de jogo. Obviamente sabia que do fundo do campo, em pontos mais longos, seria mais difícil para ele, portanto ele optou por jogar de uma forma muito agressiva e não houve praticamente muitas trocas de bolas. Ele joga muito bem à rede, subiu muitas vezes e servia muito bem. Tudo isso fez com que fosse bastante difícil, mas fico feliz por ter conseguido fazer uns breaks em momentos importantes”, acrescentou.

Depois chegou a boa notícia: Valentin Royer tinha acabado de derrotar Maks Kasnikowski, polaco responsável pela derrota de Gastão Elias na final, e a notícia foi muito bem recebida pelo tenista da casa: “Estava à espera do resultado desse jogo. Acho que fico um pouco feliz por ele não ter ganho. Não que não acredite na desforra, mas sabia que seria um encontro muito mais físico do que contra o francês. Pelo que tenho visto ele também tem muita potência nos golpes e joga de uma forma bem agressiva, muito diferente do polaco, e acredito que tenho uma ou outra arma para o contra-atacar e aguentar o mais possível, mas ainda tenho de falar com o Guilherme [Balboa, treinador] sobre esse jogo para aprender mais sobre o meu adversário.”

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