OEIRAS — Exatamente 13 anos depois de ter participado pela primeira vez num torneio do Grand Slam, João Sousa aplaudiu a estreia de Francisca Jorge, também ela natural de Guimarães, e enalteceu a evolução do ténis feminino em Portugal.
“A Francisca fez um ano muito bom, sobretudo na parte final da época, e merece estar onde está. É um grande passo para o ténis feminino em Portugal porque ela está a conseguir grandes feitos como jogar os torneios principais e só tem de acreditar que tem nível para estar lá, independentemente da derrota de hoje”, afirmou o melhor tenista português de todos os tempos na conferência de imprensa que se seguiu à vitória na ronda inaugural do Indoor Oeiras Open II.
“A primeira vez é sempre mais complicado, o meu primeiro Grand Slam foi na Austrália em 2011 e é bom ver que o ténis nacional e o ténis nacional feminino, neste caso, está a evoluir e que temos jogadoras de nível a jogar os grandes torneios. A Francisca e a Matilde são de Guimarães, conheço-as bem e fico contente por ver os resultados que têm atingido”, acrescentou João Sousa, nascido na cidade berço a 30 de março de 1989.
Francisca Jorge tornou-se na oitava mulher portuguesa a disputar um torneio do Grand Slam e na primeira desde que Michelle Larcher de Brito o fez pela última vez em junho de 2017.
Questionado sobre a importância que o feito da conterrânea pode ter para o desenvolvimento do ténis feminino, o maior embaixador da modalidade do país não hesitou: “É muito importante termos referências. No ténis masculino já tivemos mais do que no feminino e é muito importante para as mais jovens que ela consiga ter bons resultados para jogar os grandes torneios e aparecer na televisão.”