OEIRAS – Um percurso de excelência levou Maks Kasnikowski ao primeiro título Challenger da carreira. A juntar aos triunfos sobre os cabeças de série Adrian Andreev e Valentin Royer, o polaco ultrapassou três jogadores da casa e um Court 1 da nave dos campos cobertos do Jamor a rebentar pelas costuras a apoiar Gastão Elias para celebrar “um dos momentos mais especiais da carreira”.
Um momento no mesmo saco da estreia vitoriosa na Taça Davis, que sabe especialmente bem por ser inédito e numa espécie de redenção. Em outubro, Kasnikowski perdeu a primeira final Challenger em Ortisei (Itália) depois de dispor de dois match points. Cerca de três meses depois, no primeiro torneio de 2024, aproveitou o reverso da medalha (anulou seis pontos de encontro de Andreev na ronda inaugural) para, de seguida, se impor perante quadro difícil, no qual se destacam os sucessos face a João Domingues (segunda ronda) e João Sousa (quartos de final) antes do logrado frente a Elias na decisão deste domingo ao cabo de 2h45.
“É bom ter conseguido recuperar dessa derrota”, salientou na sala de conferências de imprensa, no rescaldo após o quarto troféu profssional. “O poderio dos meus adversários foi muito elevado e joguei bem nos momentos importantes. Estou orgulhoso da minha semana, do meu trabalho na pré-época e do meu progresso. Vou trabalhar ainda mais para conquistar títulos maiores”.
Este domingo, o “barulho do público era tanto que não ouvia a minha própria voz, mas não me posso queixar. É muito bom ver os portugueses a apoiar os seus jogadores e era assim que devia ser sempre em todos os países”. O segredo para superar a adversidade passou pela inspiração em…Novak Djokovic. “Imaginar que estavam a cantar o meu nome, como ele faz”.
O sucesso, num encontro bom de apreciar pela “variedade” tática de ambos, nem permite grandes festejos para Maks Kasnikowski e o irmão, o “maior fã” (apanhado a chorar, emocionado, no final do embate), não só pela segunda semana que se avizinha, como também pelo curso online em gestão que está a tirar. O que não retira importância à ocasião, amealhada no país dos ídolos Cristiano Ronaldo e João Sousa.
“É um bom local para ganhar o primeiro Challenger. É excelente ter vindo pela primeira vez a Portugal e conquistar logo um título”.
