OEIRAS — O regresso aos títulos Challenger não andou longe, mas ainda não foi desta que Gastão Elias o consumou e a derrota na final do Indoor Oeiras Open deixou-o naturalmente abalado. Só que o português também sabe que fez mais do que esperava na primeira semana do ano e por isso foi rápido a olhar para o copo meio cheio na derradeira conferência de imprensa.
“Dói um bocadinho por saber que estive tão perto do título, mas agora, com um bocadinho de tempo para refletir e o resto do dia para descansar e preparar o próximo torneio, vou cada vez mais chegar à conclusão de que não posso empurrar-me mais para baixo porque foi uma semana híper-positiva e de que não estava à espera. Ainda para mais nestas condições [piso rápido indoor], em que não jogo frequentemente, só tenho é de ficar feliz”, explicou após a derrota por 7-6(1), 4-6 e 6-3 para o tomba-portugueses Maks Kasnikowski.
Sobre o encontro, Gastão Elias teve sobretudo a lamentar “o serviço não ter estado ao nível dos outros dias.”
Os números não mentem: só colocou 41% das primeiras bolas e e venceu apenas 69% desses pontos, para além de ter cometido 11 duplas faltas — quatro no jogo do último set em que sofre o break que praticamente acaba com a final.
“Por conta disso tive de lutar por praticamente todos os pontos. Joguei quase todos com o segundo serviço, isto quando não fazia uma dupla falta. E ao longo de três horas isso vai pesando cada vez mais. Acho que foi o que fez a diferença hoje”, lamentou antes de apontar outro aspeto: “Também houve várias oportunidades que não aproveitei, vários 0-30, especialmente no início do encontro, que se tivesse aproveitado melhor podiam ter feito a diferença.”
No entanto, e foi o próprio quem o disse, “de um modo geral não me posso queixar.”
Gastão Elias sabe que é raro atingir finais em piso rápido (foi apenas a segunda), em boa verdade também porque é raro ir a jogo nestas condições, e há quase um ano que não chegava tão longe nem jogava tantos encontros numa só semana. Ou seja, do Indoor Oeiras Open 1 só pode sair satisfeito, mesmo se o troféu desejado era outro — o que ficou para um adversário que descreveu como “muito sólido” e “difícil de defrontar porque não tem nenhum ponto fraco evidente.”
Sem tempo a perder, resta-lhe preparar a participação no Indoor Oeiras Open 2, no qual irá a jogo já na terça-feira e novamente contra o turco Cem Ilkell, adversário que derrotou na quinta-feira.