Arina Rodionova fez história em 2023 e iniciou 2024 com o pé direito, mas nem os resultados do último ano, nem o estatuto de melhor tenista australiana no ranking WTA foram suficientes para integrar a lista de convidadas para o quadro principal do Australian Open.
Aos 34 anos e a viver a melhor fase da carreira, a tenista nascida em Moscovo e naturalizada australiana há 10 anos foi ultrapassada pelas compatriotas Kimberly Birrel, Olivia Gadecki, Taylah Preston e Daria Saville. Os restantes convites foram entregues à ex-campeã Caroline Wozniacki, McCartney Kessler (acordo de reciprocidade com o US Open), Alizé Cornet (Roland-Garros) e Mai Hontama (vaga para uma tenista do pacífico).
Arina Rodionova está no 113.º lugar do ranking, a apenas um degrau da melhor classificação da carreira, alcançada há um mês, e em 2023 foi a tenista feminina com mais vitórias de singulares (78) em todo o mundo — no circuito masculino esse feito pertenceu ao português Gonçalo Oliveira (92).
Para além dos excelentes resultados em 2023, a tenista australiana também começou 2024 com o pé direito ao derrotar Martina Trevisan e a ex-campeã do Australian Open, Sofia Kenin, rumo à terceira ronda do WTA 500 de Brisbane. Se entrar no top 100 WTA será a jogadora mais velha de sempre a conseguir estrear-se nessa elite.
A decisão do “seu” torneio do Grand Slam, no entanto, não a surpreendeu. Assim que foram conhecidos os restantes nomes das convidadas, Arina Rodionova recorreu ao X (antigo Twitter) para comentar a situação: “Adorava poder dizer que estou surpreendida. Mas, sinceramente, a satisfação de o alcançar totalmente por mérito próprio, apesar de tudo isto, faz com que valha a pena. Vejo-vos no qualifying dentro de alguns dias e estou MUITO entusiasmada.”