Gastão Elias diz que duelo de gerações “foi ganho, literalmente, na experiência”

Beatriz Ruivo/FPT

OEIRAS — A diferença de idades fez-se sentir e Gastão Elias, de 33 anos, foi melhor nos momentos importantes para derrotar Jaime Faria, de 20 anos, rumo às meias-finais do Indoor Oeiras Open no Jamor, onde aumentou a série de vitórias (entre terra batida ao ar livre e piso rápido coberto) para 18.

“Foi um encontro totalmente diferente dos outros que tinha jogado até agora, com um tipo de nervosismo diferente, uma tensão diferente”, reconheceu em conferência de imprensa após bater o jovem compatriota por 6-2, 3-6 e 6-4. “Jogar contra um português é sempre especial e fico feliz por não ter jogado o meu melhor ténis e mesmo assim ter encontrado maneiras de ganhar os pontos e fazer o mais importante, que era conseguir a vitória.”

Atualmente no 336.º posto e outrora 57.º (continua a ser a segunda melhor classificação de um português), Elias sentiu Faria — que depois do torneio fará a estreia no top 400 — “um pouco nervoso e com a energia em baixo”, provavelmente “pelo momento e por sentir que tinha aqui uma oportunidade para me ganhar, o que, para ser sincero, não esteve muito longe [de acontecer].”

Em suma, “foi um encontro ganho, literalmente, na experiência” e no qual o jogador da Lourinhã achou que podia ter resolvido o assunto numa fase mais precoce do terceiro set. “Mas pronto, já sabia que por conta de toda a envolvência provavelmente não ia fazer o meu melhor encontro.”

Sem surpresas em relação ao que Faria apresentou “porque temos treinado juntos muitas vezes”, Elias teve um teste mais exigente do que os dois anteriores, mas ainda assim reconheceu que “chego a esta meia-final com um desgaste totalmente diferente do que se fosse em terra batida”. Ou seja, ainda precisa de mais tempo para tirar as dúvidas em relação ao corpo, mas “para já sinto-me bastante bem.”

Segue-se um adversário com currículo e experiências semelhantes, o bielorrusso Egor Gerasimov, que foi número 65 mundial em 2020, o ano que começou com uma final no ATP 250 de Pune.

“Ele já jogou umas quantas horas esta semana, o que pode ser muito bom, mas por outro lado pode estar com bastante confiança… Espero que esteja mais cansado do que confiante porque sei que tem muita qualidade e que já demonstrou e causou muitas dificuldades ao mais alto nível no nosso desporto. É alto, grande, tem muita potência e características perfeitas para este tipo de piso”, reconheceu sobre o adversário que o separa da 19.ª vitória consecutiva neste palco e, em simultâneo, da 23.ª final no nível Challenger.

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