Daria Kasatkina já havia no passado denunciado a discrepância de prémios monetários entre os circuitos masculino e feminino, e nem a crescente aposta dos torneios na igualdade demoveu a russa de prosseguir a batalha. A número 18 do mundo lembrou, em conversa num podcast do seu país, que ainda existe um longo caminho a trilhar para extinguir as disparidades e assevera que a situação se está a tornar insustentável para as jogadoras que não pertençam à restrita nata do WTA Tour.
“Não faz sentido nenhum comparar o ténis feminino ao masculino, porque não estamos a competir uns com os outros. Hoje em dia, é inadmissível que haja tanta desigualdade em termos de prémios, porque só as jogadoras do top 50 do ranking WTA estão bem, todas as restantes sobrevivem. Queremos que melhorem as nossas condições porque trabalhamos para isso e sabemos que há capacidade para o fazer”, explicou a atleta de 26 anos.
A dias de abrir a nova temporada no WTA 500 de Brisbane, na Austrália, Daria Kasatkina adiantou ainda que as reivindicações têm sido sustentadas pelo contributo da associação de jogadores criada por Novak Djokovic: “A WTA não está no fundo do poço, mas a situação atual não é positiva. Quase todas as jogadoras estão insatisfeitas, não vemos progressos. Temos tentado lutar com o apoio da PTPA, que é a nossa representante, porque não somos advogadas e não conhecemos as questões jurídicas.”