Maia Open foi “o cumprir de um sonho” e não quer ficar por aqui

Sebastião Guimarães/FPT

MAIA — O Maia Open concretizou um desejo assumido e subiu de categoria, mas não quer ficar por aqui: em uníssono, os responsáveis pela última etapa do ATP Challenger Tour em Portugal voltaram a expressar a ambição de continuar a elevar a prova maiata, que à sexta edição cumpriu um sonho ao coroar Nuno Borges como campeão.

“O que se passou durante a semana foi bastante positivo. Hoje [domingo] o público esgotou por completo o pavilhão, mas nos dias anteriores também tivemos muitos espetadores e isso é importante e um sinal de que o ténis está a viver momentos de grande entusiasmo”, afirmou Vasco Costa, presidente da Federação Portuguesa de Ténis, na conferência de imprensa que encerrou não só o torneio, como a época tenística em Portugal.

“Obviamente que para o Nuno Borges esta vitória é muito importante. Defende muitos pontos já no início de um ano, que é um ano em que pode apurar-se para os Jogos Olímpicos, e fico muito contente por ele ter conseguido ganhar, assim como por todos os jogadores portugueses. Tivemos cinco a jogar a segunda ronda, outros que passaram o qualifying e esta é a função da Federação Portuguesa de Ténis: pôr jogadores portugueses a competir em boas condições e em casa”, acrescentou o dirigente.

Questionado sobre o futuro daquela que já se tornou uma paragem obrigatória — e muito procurada — no calendário do circuito secundário, Vasco Costa adiantou que “depois de conversas com o presidente da Câmara Municipal da Maia, posso dizer que é nossa intenção elevar o torneio à categoria Challenger 125. Isto depende de conversas com a ATP, mas penso que será possível uma vez que se trata da última semana do calendário e que na Europa não há muitos torneios.”

Esse desejo vai de encontro ao que tem sido dito ao longo dos anos por parte dos responsáveis pelo município, mas também ao que João Maio, o diretor da prova, voltou a afirmar no fecho desta edição: “Começámos por introduzir o torneio no circuito Challenger e este ano demos o passo de o aumentar da categoria 80 para a categoria 100. Esperamos vir a dar outro em frente com um 125 e até, se for possível, um 175, porque agora existe essa categoria. Sei que é vontade do vice-presidente, Paulo Ramalho, voltar a ter um ATP aqui, mas acho que devemos dar passos consolidados e com calma, estáveis, para conseguirmos ter um excelente torneio e além disso continuarmos a formar excelentes atletas.”

Para a Maia e os maiatos, este foi “o cumprir de um sonho de longa data do Nuno e da cidade” que será “muito importante para que os miúdos que hoje o vieram ver sonhem um dia que conseguem fazer o mesmo”, colmatou João Maio, que conheceu o tenista português quando este tinha apenas “sete ou oito anos e era um miúdo desengonçado que não sabia pegar na raqueta ou passar uma bola para o outro lado.”

Para Portugal e o ténis português, foi o culminar de “um ano excelente não só ao nível dos torneios, mas da prática do ténis e das escolas do ténis.”

Segundo Vasco Costa, “foi um ano com 20 torneios ITF femininos, 17 torneios ITF masculinos e oito torneios ATP Challenger, portanto um total de 45 semanas de ténis profissional em Portugal [a que se juntam o Millennium Estoril Open, ATP 250 organizado pela 3Love, e a Billie Jean King Cup, que poderá repetir-se no próximo ano]” que o deixou “contente pelo número de jogadores que conseguiram jogar estes torneios”, mas também pelo percurso que tem vindo a ser feito e que incluiu “vitórias nas seleções e resultados cada vez melhores nos escalões juvenis.”

E 2024 está já aí à porta.

Total
0
Shares
Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.

Total
0
Share