Henrique Rocha sai de 2023 “contente com desempenho” e de olho nos Grand Slams e na Taça Davis

Sebastião Guimarães/FPT

MAIA – A memorável temporada de 2023 de Henrique Rocha chegou ao fim esta quinta-feira. 64 triunfos individuais, 600 lugares escalados no ranking ATP e seis títulos em sete finais depois, o jovem de 19 anos ficou perto dos primeiros quartos de final numa prova do circuito secundário e, mais do que isso, do (improvável) objetivo, há uns meses impensável, de ingressar pela primeira vez numa prova do Grand Slam profissional.

“Há dois ou três meses não estava em em cima da mesa ir à Austrália, muito menos no início do ano. Foi bom estar perto, significa que algo correu muito bem. Estou bem com o facto de não jogar a próxima semana, também já estou um pouco cansado mentalmente da época. Foi a minha primeira temporada profissional a jogar sempre e não é facil. Estou muito contente com o meu desempenho e está bom por 2023”, disse já em conferência de imprensa.

O término de temporada dentro dos 250 melhores do mundo deverá ser uma realidade, pelo que a passagem para o circuito intermédio é uma garantia. “O foco está nos Challengers. Não fico contente com a minha campanha nesta categoria este ano, mas para o ano vou ter muito mais experiência, vou andar mais vezes aqui e vou subir o nível. Estou focado principalmente em melhorar o meu nível e sinto que tenho ténis para estes jogadores”.

E num 2023 fruto “dos anos anteriores de trabalho”, Rocha ficou agradado com a capacidade de atuar bem em todos os pisos. E enumerando os melhores de tantos feitos em 365 dias, o portuense não tem grandes dúvidas. “Destaco o Millennium Estoril Open e aqueles dois torneios que ganhei em Espanha. Esses dois torneios foram sem dúvida onde joguei melhor o ano todo, senti-me quase imbatível em Mungia e Bakio, foram um ponto de viragem. E o Estoril foi muito especial para mim, alcançar o quadro principal no meu primeiro ATP”.

Mas, mais do que tudo, a maior evolução foi “mental, física e técnica”, pelo que a ideia é “saltar para cima deles nos Challengers” nos Indoor Oeiras Open com início a 31 de dezembro. Já com ideias para voos maiores.

“Um objetivo da próxima época é representar Portugal. Abro o ranking e vejo que estou nos melhores e acho que tenho bom nível para ir. É sempre um motivo de orgulho, gosto muito de jogar com o nome de Portugal nas costas, e espero que se concretize em fevereiro”, apontou, sem receio e sem medo de perder o adorado cabelo, praxe típica para os caloiros na seleção.

Além da presença nacional, Henrique Rocha aponta ao próximo Grand Slam depois do Australian Open. “Quero entrar bem no ano, jogar bem os dois Challengers de janeiro e entrar em Roland-Garros sem calculadora”.

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