Com “objetivos mais altos”, Rocha quer “aprender e evoluir” após “semana positiva”

Sebastião Guimarães/FPT

MAIA – Ainda em prova na competição de pares, Francisco Rocha despediu-se esta quarta-feira do Maia Open individualmente, num torneio que foi, para já, o ponto mais alto da sua carreira. Após dois duelos em que jogou “de igual para igual” frente a dois tenista do top 300 (o portuense é 1040.º ATP), o português de 24 não se mostra satisfeito e quer mais.

A derrota frente ao francês Maxime Janvier (286.º) “sabe a pouco”. “Foi dos jogos onde fiquei mais chateado e não interessa o ranking dele. O que não é normal porque foi uma semana muito positiva”. O serviço do mais cotado foi a chave do compromisso da segunda ronda e o “segundo set ingrato” não mostra o equilíbrio do embate – um 6-4 e 6-2 com 1h45 de duração.

A maior vitória da carreira, na passada segunda-feira frente a Riccardo Bonadio (205.º) pesou mentalmente. “Não foi fácil de digerir. Recebi uma onda enorme de mensagens e chamadas que prolongou a vitória. É muito bom receber esse amor das pessoas, mas na minha cabeça não conseguir sair do encontro. Não estava a pensar nisso em campo, mas não consegui recuperar a 100% dessas emoções”.

Agora, Francisco Rocha vai “rever o encontro muitas vezes para aprender”. “Tive um cheirinho destas vitórias, mas quero mais”. E como lhes disse os treinadores João Maio e António Nogueira, em especial Maio, o antigo jogador do college norte-americano “tem de fazer mais jogos a este nível” para continuar a bater-se “de igual para igual” com tenistas desta estirpe.

Horas depois, o triunfo nos quadro de pares ao lado de Tiago Silva “aligeirou” a frustração, até porque o Maia Open “não acaba aqui”. No entanto, no seguimento das melhores semanas da temporada – antes, em Vale do Lobo, atingiu os primeiros quartos de final de 2023 e o primeiro título de pares da carreira ao lado do irmão Henrique Rocha -, a conferência de imprensa também foi palco de balanços e perspetivas futuras.

“Aprendi que a vida dá-te mais quando menos estás à espera”. A frase parece resumir na perfeição a época de Rocha, que segundo o próprio passou de negativa a “semi-positiva” após as derradeiras três semanas no circuito profissional (ainda vai representar a Escola de Ténis da Maia no Campeonato Nacional por Equipas). “Não consigo dizer que é um balanço positivo porque sou muito competitivo e para mim tudo o que não seja vitória é segundo lugar”.

“Os meus objetivos eram mais altos do que atingi até agora. Quero saltar para os próximos passos e seguir o Henrique. Tenho de continuar a trabalhar, aprender e evoluir”.

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