MAIA — Depois de uma década a competir ininterruptamente ao mais alto nível, foi apenas aos 34 anos que João Sousa (atualmente no 257.º lugar do ranking ATP) atuou pela primeira vez no Maia Open e a tão aguardada estreia foi selada com uma vitória, elevando para cinco o número de representantes portugueses na segunda ronda deste Challenger, o último da temporada no país.
A competir em Portugal pela sétima vez em 2023, o tenista vimaranense resistiu a uma “montanha de sensações” contra o romeno Filip Cristian Jianu (329.º) e resistiu em três partidas para vencer por 6-3, 3-6 e 6-1.
Neste caso, os parciais do encontro não enganam: de volta a um palco onde no início de fevereiro perdeu os dois encontros que disputou pela seleção portuguesa na eliminatória da Taça Davis contra a República Checa, Sousa conseguiu ter uma entrada agressiva, com um bom jogo inaugural na resposta a dar-lhe a vantagem necessária para controlar o marcador. Mas uma quebra de concentração no segundo adensou a falta de soluções para a retaliação do jovem Jianu, finalista de um Challenger no nosso país logo a abrir o ano (o Indoor Oeiras Open 1, na primeira semana de janeiro).
Assim, o tenista de Guimarães viu-se obrigado a disputar um terceiro set pela 17.ª vez desde que regressou de lesão, no Porto Open a abrir o mês de agosto, e muito apoiado por cerca de três centenas de espetadores voltou a elevar o nível para recuperar (esteve a perder por 0-1 e 40-0 no serviço do adversário) e dominar — sobretudo e bem à sua imagem — com a pancada de direita, celebrando o oitavo triunfo deste período num parcial decisivo.
Depois de Francisco Rocha, na véspera, e de Henrique Rocha, Jaime Faria e Nuno Borges, já esta terça-feira, João Sousa tornou-se no quinto e último português a inscrever o nome na segunda ronda do quadro principal de singulares do Maia Open.
O próximo adversário só ficará definido no final da jornada, pois sairá do encontro entre o primeiro campeão da prova, o eslovaco Jozef Kovalik (227.º), e o segundo cabeça de série desta edição, Albert Ramos-Vinolas (92.º e ex-17.º), tal como ele um ex-campeão do Millennium Estoril Open.