MAIA — Nuno Borges cumpriu o primeiro dos cinco objetivos a que se propôs e iniciou mais um ataque ao tão desejado título de campeão do “seu” Maia Open com uma vitória, mas admitiu que “esperava um bocadinho mais” no regresso a casa e também à terra batida.
“Estou muito contente porque o principal objetivo era ganhar hoje. Sabia que não ia ser o meu melhor encontro porque venho de muitos torneios em piso rápido e foi nessa superfície que passei o ano quase todo, mas mesmo assim estava à espera de um bocadinho mais”, explicou na conferência de imprensa que se seguiu à vitória por 6-4 e 7-6(5) sobre o egípcio Mohamed Safwat (359.º e ex-130.º).
“Podia ter evitado que a expetativa afetasse a forma como me senti em campo, porque não foi assim tão mau e ele também teve mérito porque jogou muito bem do início ao fim. Senti que apertei com ele e não cedeu assim tanto”, acrescentou o melhor tenista português da atualidade.
O Maia Open foi o primeiro torneio que Nuno Borges disputou em três semanas e o primeiro que jogou em terra batida desde Roland-Garros, já há seis meses. E o regresso deu-se “pela ambição de levantar o troféu” que lhe escapou por pouco há um ano, quando foi semifinalista, e por ainda menos há dois, quando foi finalista.
“Tive em consideração a minha época e se realmente fazia sentido jogar aqui e senti que fazer um esforço para vir à Maia na última semana era bom para mim. Estou com um espírito mental totalmente diferente do do ano passado, em que estava muito esgotado, por isso sinto que posso fazer bons encontros.”
Apesar de reconhecer que “querer muito aqui na Maia é mais uma fonte de pressão com que tenho de saber lidar”, Nuno Borges apontou a “usá-la a meu favor” como uma das chaves para o sucesso que procura antes de virar a página e começar a pensar em 2024.