MAIA — 2023 foi a primeira temporada completa de Duarte Vale como tenista profissional e aquela em que registou mais vitórias, mas o jovem português não ficou satisfeito com os resultados obtidos. Na despedida da Maia, onde jogou o último encontro do ano, partilhou a maior lição que recolheu e olhou com motivação para o que se segue.
“Foi um ano que ficou bastante aquém em termos de resultados e de ranking. Não foi o que queria nem onde quero estar. Apesar disso ganhei muitos encontros, mas faltou-me ganhar mais em fases avançadas e sinto que deixei escapar muitas oportunidades em encontros duros. Talvez isso pudesse ter feito uma grande diferença, mas o desporto é assim, há fases e anos assim”, reconheceu depois da derrota para Benoit Paire num encontro em que lamentou “a falta de eficácia nos pontos de break“ (só converteu um de nove) e a “pressa em momentos proibidos.”
Humilde, mas também ambicioso, Duarte Vale explicou que “para os resultados aparecerem preciso de melhorar o meu ténis, o meu físico e também mentalmente” e deu a conhecer a nova perspetiva que ganhou nas várias conversas com o treinador Emanuel Couto, com quem trabalha há muitos anos — ainda que de forma intercalada com a aposta que fez nos Estados Unidos da América (foi um dos melhores jogadores do circuito universitário).
“Ele diz-me que podia jogar 100 torneios agora, mas provavelmente não ia chegar ao top 100 porque primeiro preciso de melhorar e ser uma versão melhor do que sou agora. Tenho de ter a consciência de que sim, vou continuar a competir e testar onde é que está o meu nível, mas que os períodos de treino não muito importantes para parar e melhorar, melhorar, melhorar. Nunca tinha pensado nisso dessa maneira e acho que é essa a diferença para os jogadores que estão sempre a evoluir”, concluiu.
Encerrada uma época com 39 vitórias e 30 derrotas, segue-se um período de “reflexão e descanso” para “fechar um capítulo” e “fazer a transição” para 2024.
