Jogar em casa seria sempre o primeiro desejo, mas o sorteio que colocou Portugal em rota de colisão com a Finlândia na condição de visitante permite à seleção nacional masculina sonhar com o apuramento inédito para a fase final da Taça Davis.
Em declarações ao Raquetc depois de conhecer o resultado do sorteio, que foi feito em Málaga um par de horas antes do início da final que a Itália venceu contra a Austrália, o capitão português, Rui Machado, elogiou os recém-semifinalistas, mas admitiu que este confronto “permite olhar para a eliminatória com a ambição de fazer história.”
“Aquilo de que toda a equipa gostaria era de jogar em casa, com aquele ambiente de Taça Davis que criamos, mas vamos jogar fora contra uma equipa que, apesar de ser um grande desafio por ter excelentes jogadores tanto em singulares como em pares, permite-nos sonhar com o Grupo Mundial”, reconheceu o algarvio de 39 anos.
“Qualquer equipa seria difícil porque entre as que foram a sorteio só havia seleções fortes, mas penso que vamos ter as nossas oportunidades e vamos com mentalidade para ganhar, porque foi a mesma com que fomos à Áustria e que nos permitiu aproveitar a possibilidade que surgiu”, acrescentou Machado, que estará à frente de Portugal na ronda de acesso à fase final da competição pela terceira vez (em cinco que o país discutiu).
Com cerca de dois meses para preparar o reencontro entre os dois países (o fator casa jogou sempre a favor nos anteriores: a Finlândia venceu em 1968, Portugal em 2015), Rui Machado concluiu a primeira antevisão destacando que será essencial “estudar a deslocação, onde vão estar os nossos jogadores e como é que podemos chegar lá nas melhores condições.”
Enquanto anfitriões, os finlandeses terão direito a escolher o local, as condições de jogo e também as datas (ou 2 e 3 ou 3 e 4 de fevereiro).