OEIRAS – No encontro mais longo do torneio, Matilde Jorge prevaleceu numa batalha de cerca de 3h15 frente a Inês Murta com os parciais de 6-4, 6-7(3) e 7-5 para carimbar acesso à final do Campeonato Nacional Absoluto pela quarta vez em cinco anos, novamente frente à irmã Francisca Jorge.
Num duelo entre duas das melhores jogadoras portuguesas dos últimos anos (Jorge é, atualmente, 538.ª WTA, ex-529.ª, Murta é 858.ª, antiga 546.ª), o equilíbrio era a nota esperada, tal como na semifinal, neste mesmo palco, há dois anos – na altura Matilde Jorge venceu em dois tie-breaks, esta sexta-feira a vencedora foi a mesma, mas ainda foi mais duro.
O primeiro terceiro set do quadro principal feminino contou com várias mudanças de ascendente, num braço de ferro que contou com 16 quebras de serviço, nove delas a favor da vimaranense de 19 anos que quase nem teve forças para celebrar um triunfo tão difícil como saboroso.
Para terminar a sorrir, Matilde Jorge precisou de recuperar de desvantagens no primeiro parcial, esquecer uma quase recuperação no segundo e o facto de não ter conseguido encerrar mais cedo o set decisivo, num compromisso marcado pela efusividade e querer das duas protagonistas.
Pela quarta vez na final do Campeonato Nacional Absoluto (perdeu os encontros do título de 2019, 2021 e 2022), Matilde Jorge terá exatamente a mesma opositora pela frente: a irmã mais velha, hexacampeã.
No entanto, desta a decisão há cerca de 365 dias (a juntar a outras três no circuito internacional), há que referir que a número dois nacional bateu o pé a Francisca Jorge em duas ocasiões. Logo na semana seguinte no Funchal e já esta época em Setúbal.
Antes de novo embate familiar, as irmãs reuném-se para tentar arrecadar pela quinta vez o Campeonato Nacional de pares femininos, face a Angelina Voloshchuk e Sara Lança.