OEIRAS – Há um ano formaram parceria para jogar o Campeonato Nacional Absoluto, mas uma lesão grave de Ana Filipa Santos no joelho esquerdo retirou essa possibilidade. Cerca de 365 dias depois, Ana Filipa Santos e Gonçalo Falcão são nacionais de pares mistos na estreia como equipa.
E o título nacional veio com um percurso imaculado: sem qualquer set perdido e somente com 11 jogos apenas cedidos a caminho do troféu, o terceiro para cada um na categoria – Ana Filipa Santos tinha vencido duas vezes com Tiago Torres (2019 e 2020), Falcão triunfou ao lado de Joana Valle Costa (2013) e Inês Murta (2021).
Murta que foi, precisamente, uma das opositoras do encontro decisivo desta sexta-feira, ao lado de Ricardo Batista. Os parciais de 6-1 e 6-1 ditaram o sucesso da dupla imbatível até ao momento.
“Melhor era impossível, foi uma semana relativamente tranquila. Não sabia o que esperar, mas foram quatro dias positivos e tanto eu como a Pipa jogámos a um nível bastante bom”, começou por mencionar Gonçalo Falcão, sem antes levantar o véu sobre algumas das razões para o bom funcionamento da parceira. “Encaixámos muito bem, jogamos os dois muito bem à rede e damo-nos bem”.
O experiente tenista de 35 anos não deixou de frisar a desilusão por não terem emparelhado há um ano e a alentejana foi claramente a maior prejudicada. Quase um ano afastada dos courts, o Campeonato Nacional Absoluto foi o quarto torneio após o regresso. “O ano passado estava muito entusiasmada para jogar com o Gonçalo. Foi um azar muito difícil de superar, mas é bom estar de volta passado um ano. Não podia ter sido da melhor maneira, o nacional para mim era um torneio para tentar ganhar o máximo de jogos possível e o joelho aguentou-se bem”.
A ideia de ambos, nunca sabendo o que o o futuro reserva, é repetir a parceria futuramente, até porque, como destacou Ana Filipa Santos, a discórdia é “muito pouca e o tipo de jogo é parecido”.
