A presença de Roger Federer nas bancadas do Masters 1000 de Xangai não passou despercebida e o campeoníssimo helvético foi por diversas vezes alvo dos holofotes durante a semana que coroou Hubert Hurkacz como campeão. A ATP aproveitou a ocasião e conversou com o já aposentado tenista de 42 anos, que teceu robustos elogios ao número dois mundial Carlos Alcaraz.
“Ele é genial, ainda é muito jovem e é incrível tudo o que já conquistou, tanto em terra batida como em piso rápido. Ainda há pouco ganhou a final de Wimbledon frente a Novak [Djokovic], isso não é brincadeira nenhuma. É impressionante”, começou por sublinhar o antigo número um mundial e campeão de 20 Majors, depois de ter visto o jovem talento de Múrcia vencer na ‘sua’ relva do All England Club, onde se sagrou campeão por oito ocasiões.
Membro do denominado ‘Big Four’, Federer considerou ainda que a passagem de testemunho irá, mais tarde ou mais cedo, acontecer e apontou Alcaraz como figura que reúne os melhores atributos de cada um dos que dominaram as duas últimas décadas: “Claro que depois de Rafa, Novak, Murray e eu próprio, agora todos esperam que cada geração produza o seu melhor ténis, mas não será fácil. Penso que Carlos tem estado a fazer tudo muito bem até agora, tem um futuro brilhante pela frente. Vejo nele alguma potência do estilo de Rafa, talvez também com alguma técnica da minha parte. Tem ainda algumas habilidades defensivas que rivalizam com as de Novak.”
Ainda assim, e apesar de definir Carlos Alcaraz como natural sucessor na elite, Roger Federer frisou que prefere evitar as comparações: “Talvez haja uma combinação, mas não é justo dizer isso porque Carlos é Carlos, como Novak é Novak e Rafa é Rafa. Não gosto quando se compara demasiado.”
